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Estrela da WNBA detalha prisão na Rússia: 'Me senti menos que humana'

Britney Griner, jogadora do Phoenix Mercury, time da WNBA Imagem: Steph Chambers/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

02/05/2024 13h40

Brittney Griner, jogadora de basquete do Phoenix Mercury, equipe da WNBA, detalhou em entrevista à TV norte-americana ABC seu período de dez meses detida na Rússia.

O que aconteceu

A atleta afirmou que foi submetida a condições precárias. Condenada a nove anos de prisão, Griner foi transferida a uma colônia penal na região de Mordovia após a sentença.

O colchão tinha uma mancha enorme mancha de sangue. Eu não tinha sabonete, nem papel higiênico. Naquele momento eu me senti menos que humana Brittney Griner

Griner disse que pensou em suicídio durante suas primeiras semanas presa. A atleta relatou preocupações e o que a fez resistir à ideia de tirar a própria vida.

Quis tirar a minha vida mais de uma vez nas primeiras semanas. Queria tanto sair de lá. (...) Achei que não seria capaz de passar pelo que seria necessário. Definitivamente pensei sobre isso. Mas 'e se não liberassem meu corpo para a minha família?'. Não poderia fazê-los passar por aquilo. Precisava aguentar

Antes de ser solta, a norte-americana precisou escrever carta ao presidente Vladimir Putin. "Foi em russo. Tive que pedir perdão e agradecer ao chamado grande líder deles. Não queria fazer isso, mas ao mesmo tempo queria voltar para casa", disse.

Griner escreveu um livro sobre a detenção na Rússia. "Voltando para casa" será lançado em 7 de maio no mercado estadunidense.

O caso Griner

A norte-americana foi detida pelo Serviço de Alfândega do país russo em de fevereiro de 2022. Griner portava cartuchos com óleo de cannabis, substância ilegal no país, ao entrar no aeroporto de Moscou.

É muito fácil ter um lapso mental. Claro que o meu caso foi em uma escala maior. Mas mostra como pode acontecer com qualquer um

Em agosto do mesmo ano, a atleta foi condenada a nove anos de prisão por tráfico de drogas. Ela alegou, e mantém a versão, que não possuía qualquer intenção de desrespeitar a lei russa.

Griner foi libertada após troca de prisioneiros entre EUA e Rússia. O governo norte-americano enviou ao país europeu Viktor Bout, traficante de armas condenado a 25 anos de prisão no território estadunidense.

A jogadora voltou a representar o Phoenix Mercury no ano passado. Oito vezes All-Star e uma vez campeã da WNBA, Griner também conquistou duas medalhas olímpicas com a seleção dos EUA, no Rio de Janeiro e em Tóquio.

Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade.

O CVV (https://www.cvv.org.br/) funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

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