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Pelo tri olímpico, Martine e Kahena apostam em vivência em Marselha

Kahena Kunze e Martine Grael com a medalha de ouro na vela do Pan 2023 Imagem: Miriam Jeske/COB

Do UOL, em Santiago

04/11/2023 04h00

Campeãs na classe 49er FX da vela no Pan, Martine Grael e Kahena Kunze projetaram a caminhada rumo às Olimpíadas de Paris. Em busca do tricampeonato olímpico, a dupla exaltou a importância da vivência que teve na região de Marselha, na França, durante o evento-teste para os Jogos que ocorrem no ano que vem.

Martine e Kahena também aproveitaram para conhecer a estrutura que o Time Brasil montou aos atletas da delegação na cidade francesa. As parceiras entendem que quanto mais conhecerem o lugar onde vão competir, melhor para a corrida pelo campeonato.

"A preparação para Paris é constante, cada etapa faz parte, inclusive aqui em Santiago. É sempre bom passar por campeonatos grandes, enfrentar adversárias que fazem jogo duro. A gente ainda vai competir o europeu agora", comentou Martine.

"A gente se sente cada vez mais em casa lá em Marselha. Estamos num lugar super legal, que tem cozinha, dá para fazer comida. A gente já sabe os lugares para ir e dá para desconectar. Estamos explorando cada vez mais e por isso é muito importante essa vivência", acrescentou Kahena.

Bicampeão olímpico e pai de Martine, Torben Grael comemorou as quatro medalhas conquistadas pelo Brasil ontem na vela e a vaga em Paris-2024 conquistada pela filha e Kahena.

"A gente conseguiu vagas para Paris aqui em Santiago e isso conta bastante. Toda a equipe olímpica fez vários períodos lá em Marselha, que é onde acontecerá a competição de vela, e Martine e Kahena mais do que os outros. Foi muito bom, porque Marselha não é um lugar simples para velejar. É como o Rio de Janeiro, que é complicado de velejar. Então se sentir bem e à vontade lá é muito bom", analisou Torben.

As meninas disputaram a medal race em busca de medalha de ouro ontem sem o peso de obter a classificação olímpica, já que a vaga para Paris foi assegurada no dia anterior. Do início da competição até essa conquista, elas se sentiram tensas.

"Desde o primeiro dia a gente vem numa luta difícil com as americanas e as canadenses, sempre muito perto. Ontem a gente brigou muito com elas e estávamos empatadas para essa última regata. A última regata definiu mesmo as posições do pódio", contou Martine.

"A gente não estava contando em ter que conquistar essa vaga aqui. A gente teve realmente um Mundial muito ruim e as argentinas são sempre rivais fortes, elas velejam bem. Mas a proeira de uma delas se lesionou e teve de sair. Isso deu uma aliviada para a gente. Os dias foram passando, ganhamos essa vantagem contra as argentinas e deu certo", acrescentou Kahena.

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