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Rebeca vê nova reverência após ouro no Pan e amplia status de estrela

Do UOL, em Santiago e Rio

25/10/2023 04h00

Ainda sob a adrenalina do salto que viria a ser o melhor da noite, Rebeca Andrade deixou o tablado e viu a principal oponente lhe reverenciar. Sem cerimônia, Jordan Chiles, dos Estados Unidos, ajoelhou e balançou os braços diante da brasileira.

Naquele momento, Chiles era a principal oponente de Rebeca. Não à toa, pouco depois, subiu ao pódio para colocar a medalha de prata no peito. Mas, naquele momento, abriu um sorriso e pareceu não se importar com a ferrenha disputa que acontecia até então.

Eu fico um pouco sem graça, né? Porque é em público, mas é bem legal ver o quanto torcemos uma pela outra, o quanto elas ficam felizes pelo nosso sucesso e a gente pelo sucesso delas também Rebeca Andrade

"Todo mundo entende como é difícil esse esporte, e como a gente treina tanto pra chegar aqui e fazer o máximo. Com pressão, cansada, estressada, ou com algum outro problema, você conseguir apagar tudo isso da sua mente para chegar aqui e mostrar tudo que você pode mostrar... É muito legal quando essas coisas acontecem", completou a brasileira.

Semanas antes, durante o Mundial da modalidade, Simone Biles havia feito o gesto de colocar uma coroa na cabeça de Rebeca. Não havia nas mãos da norte-americana a peça real de fato, mas o movimento teve um forte simbolismo, uma vez que partiu da principal ginasta do mundo na atualidade.

A atleta brasileira, porém, não se tornou referência apenas na ginástica. Durante participação do "Destino: Paris", Ingrid Oliveira — bronze nos saltos sincronizados ao lado de Giovanna Pedroso —, falou sobre a admiração que tem por Rebeca.

Pioneira na ginástica brasileira, Luísa Parente também esteve no programa e comentou sobre esse intercâmbio entre as modalidades em eventos que reúnem uma grande gama de atletas.

Essa troca é incrível também, que acontece de forma mais próxima nesses eventos multiesportivos. Fiz algumas amizades e me inspirei em atletas de outras modalidades em Jogos Pan-Americanos, Jogos Olímpicos. A Rebeca é uma referência não só para ginástica, por diversos aspectos Luísa Parente

"A ginástica começa muito cedo e demanda demais, não só no físico, mas no mental. E a Rebeca já superou inúmeras dificuldades. Por isso, ela já é um exemplo de esportista. Além disso, é mulher, negra, com resultados incríveis, é um aspecto que temos de levar em conta, das oportunidades que ela teve. Acompanhamos toda a equipe do Brasil, que se apoia mutuamente, embora não seja uma modalidade coletiva, mas compete também por equipes. São todas inspiradoras umas das outras. A Jade é mais veterana na ativa hoje, e inspirou Rebeca. Elas se inspiram", completou a ex-ginasta.

Rebeca voltou ao pódio

Rebeca ainda faturou a prata nas assimétricas, quando fez dobradinha com Flávia. A brasileira alcançou o status de ídolo dois anos após a medalha olímpica que mudou o patamar dela e da ginástica brasileira.

De lá para cá, a jovem acumulou bons resultados e subiu degraus também pelo jeito simples fora dele. Após os Jogos Olímpicos de Tóquio e o Mundial de Ginástica na Antuérpia, deixa Santiago com novos ares.

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