Era 6 de dezembro de 1980. Adilson Miranda, então jogador do Criciúma, pegou a estrada a bordo do seu Puma vermelho, que ele comprara havia pouco tempo, para passar as festas de fim de ano com a família em Caraguatatuba, no litoral de São Paulo. Ele estava acompanhado da noiva Rosangela Zanella, com quem namorava havia dois anos.
Os dois nunca chegaram ao destino. Um grave acidente na BR-116, apelidada de Rodovia da Morte no trecho entre Santa Catarina e São Paulo, interrompeu precocemente a vida do jogador, campeão brasileiro com o Internacional no ano anterior, que pretendia casar no ano seguinte e abrir uma churrascaria em sociedade com a noiva.
O caso é cercado de contradições: desde o motivo pelo qual ele viajou de carro em vez de avião até o que teria causado o acidente.
Para contar essa história, o UOL ouviu parentes e amigos do jogador, que embora fosse um meia-direita de origem, acabou sendo adaptado para a função de centroavante, brilhou com a camisa do Internacional, mas sonhava mesmo em voltar a defender o Corinthians, time do coração.