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UFC 160: Pezão luta por cinturão 'impossível', e Cigano busca redenção

Cain Velasquez e Pezão se encaram antes da revanche, agora valendo o cinturão no UFC 160 Imagem: Reprodução/Twitter

Evelyn Rodrigues e Maurício Dehò

Do UOL, em Las Vegas (EUA) e São Paulo

25/05/2013 06h00

Antonio Silva, o Pezão, entra no octógono do UFC 160, neste sábado, com a chance de ser o terceiro brasileiro a chegar ao topo dos pesos pesados da organização. Mas, como tudo em sua vida, a tarefa é complicada, quase impossível. Para conquistar o sonhado cinturão, o gigante paraibano terá de provar ser uma das maiores zebras da história do MMA, em duelo contra o campeão Cain Velásquez. A noitada, que começa às 19h30 (de Brasília) com acompanhamento do Placar UOL, ainda tem o retorno de Júnior Cigano, para provar que a sua última derrota foi apenas um - enorme - susto.

Dizer que Pezão é uma zebra é quase repetitivo. Na verdade, ele passou a carreira quase toda com ar de “eterno azarão”, e na maioria das vezes conseguiu provar seu valor, principalmente com mãos pesadas e garra de sobra. Derrotou a lenda russa Fedor Emelianenko, já venceu Andrei Arlovski, Travis Browne e, mais recentemente, chocou o mundo ao nocautear o holandês Alistair Overeem no UFC 156. Fora do âmbito esportivo, ele superou um tumor que lhe causou gigantismo.

Mas, contra Velásquez, a desvantagem é agravada. Afinal, há um ano os dois se encontraram no octógono. Era a primeira luta do norte-americano desde que ele perdeu o cinturão do Cigano e a estreia de Pezão após sua saída do Strikeforce. E o brasileiro levou a pior. Velásquez atropelou: derrubou o paraibano cedo no combate, abriu um enorme corte com uma cotovelada e triunfou por nocaute técnico.

As casas de apostas norte-americanas mostram bem a disparidade, pelo menos no plano teórico. Você precisa apostar 800 dólares em Velásquez para ganhar 100. Para Pezão, joga-se 100 dólares para ter um retorno de 550, em caso de vitória.

Pezão não está nem aí para tudo isso: "Eu já estou acostumado com essa situação, vai ser a quarta luta no UFC e em todas elas eu entrei como o azarão. Eu espero até que depois que eu ganhe o cinturão, o pessoal também me coloque como azarão na minha próxima luta, porque me dá força e mais motivação ainda para mostrar que as pessoas às vezes estão erradas. Posso mostrar que o azarão também ganha luta”, afirmou, ao UOL Esporte.

Caso Pezão realmente consiga o “impossível” e choque o mundo do UFC, ele colocará seu nome em um hall ainda curto de brasileiros que chegaram ao cinturão do UFC. Vale lembrar que Vitor Belfort ganhou o GP da categoria, mas os campeões, de fato, foram apenas Minotauro e Júnior Cigano até hoje.

Cigano pega Hunt para apagar atuação irreconhecível

Por falar no catarinense Cigano, o UFC 160 dá a ele a chance de apagar o que se viu no fim de dezembro de 2012, quando ele entrou no ringue como campeão para uma revanche com Velásquez e o deixou arrasado por uma surra do norte-americano, direto para o hospital.

O brasileiro inicialmente iria encarar Alistair Overeem, mas o holandês se lesionou. Agora, encara o neozelandês Mark Hunt, perigoso por seu forte queixo e a mão pesada. Hunt vem de quatro vitórias consecutivas, sendo três delas por nocaute. Na última, fraturou o maxilar de Stefan Struve, o que fez Dana White lhe prometer uma chance pelo cinturão se passar por Cigano.

O brasileiro mudou parte da sua preparação, para deixar seu jogo mais completo e evitar que exagere nos treinamentos, dando descanso ao corpo na hora certa. Tudo isso na tentativa de evitar novos sustos.

“O Mark Hunt é muito duro, muito difícil, e eu não quero lutas fáceis. Então eu estou feliz e confiante e vou em busca do nocaute", disse Cigano, que admite estar pressionado. "Claro que eu preciso vencer, eu quero vencer porque é a minha carreira que está em jogo. Eu quero voltar a ser o campeão e vencer é o primeiro passo para isso.”

Com os melhores pesos pesados em ação no UFC 160, por sinal, um tema recorrente na semana de luta foi um possível duelo entre Pezão e Cigano. Caso vençam, um duelo entre amigos será inevitável. Mas eles encaram com naturalidade. “Seria melhor lutar contra outro atleta, mas existe uma fila. Somos profissionais. Já combinamos isso: se for pelo título vamos lutar, mas só pelo título”, disse Pezão.

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