Cauã Reymond será lutador de MMA na TV. Mas poderia ter sido na vida real
Juliana Alencar
Do UOL, no Rio
21/08/2015 06h00
Cauã Reymond nunca tentou, mas bem que poderia ter seguido carreira no MMA. Credenciais para tanto ele até tem: é faixa preta no jiu-jitsu e marrom no judô. Será na ficção, no entanto, que o ator mais se aproximará da modalidade.
Na próxima novela da Globo, "A Regra do Jogo", Cauã é Juliano, um ex-atleta que mantém um projeto de inclusão social por meio das artes marciais. "Vejo o personagem mais como um líder comunitário que como um atleta", pondera Cauã, antes de se lembrar o próprio passado como lutador.
Cauã foi bicampeão brasileiro de jiu-jitsu, modalidade de arte marcial na qual deu os primeiros passos ainda adolescente, aos 14 anos. Foi estimulado pelo pai. "Antes de ser ator, fui atleta. Lutei jiu-jitsu por muitos anos, fui muito bom nisso", recorda-se. Só largou a luta profissionalmente quando foi convencido a seguir carreira como modelo. Já aposentado das competições, por hobby, começou a praticar judô.
Alexandre Paiva, o Gigi, seu mestre no jiu-jitsu, lembra da época em que viu seu pupilo trocar os tatames pela passarela. Não lamenta a escolha de Cauã, mas reconhece que perdeu um atleta com grande potencial para crescer no esporte. "Ele sempre foi muito disciplinado", elogia ele, que acredita que a arte marcial ajudou o ator a se consolidar na nova carreira: "O foco do atleta é muito importante".
Cauã Reymond já não segue uma rotina no esporte. Vez por outra, tira o quimono do armário para "brincar" com os amigos. "De vez em quando eu visito a academia para lutar um pouco", diz o ator, que para o novo papel agora se arrisca no boxe.
A escolha do esporte não é por acaso. Para o personagem da novela, ele se inspirou num ex-atleta que dá aulas para crianças de uma comunidade no Rio. "Só não digo quem é porque não avisei a ele. Vai que ele não gosta", diverte-se.
Sem cenas de luta previstas para a "A Regra do Jogo", Cauã curte o MMA como espectador e fã. Recentemente, ele acompanhou o UFC 190, no Rio.