Milagres, sustos e gratidão: Carlos Miguel vive noite de glória em virada

Carlos Miguel foi o protagonista da virada do Corinthians sobre o América-RN. Titular novamente, ele teve uma atuação de gala em Natal: fechou o gol, aumentou seu status de talismã e finalizou demonstrando gratidão ao maior ídolo do clube.

Noite de glória

O goleiro de 25 anos operou milagres debaixo das traves e foi fundamental para o Corinthians largar na frente na Copa do Brasil. Com a vitória por 2 a 1, o clube do Parque São Jorge tem a vantagem de avançar às oitavas em caso de empate na Neo Química Arena, no jogo de volta marcado para o dia 21.

Ele fez três defesas providenciais em sequência para evitar que o time fosse ao intervalo em desvantagem no placar. Ele também foi isento de qualquer culpa no gol sofrido, já que houve um desvio no caminho que o pegou no contrapé.

O camisa 22 ainda superou sustos e contou com a "sorte de campeão". Ele viu o time potiguar carimbar a trave duas vezes, sendo uma à queima-roupa, e sofreu na etapa final um segundo gol que foi anulado pelo VAR por impedimento no limite da linha.

Carlos Miguel chegou à sua décima vitória em 14 jogos como titular no Alvinegro paulista — registrando aproveitamento de 71,4%. Com ele no onze inicial, o clube do Parque São Jorge só foi derrotado uma vez em três temporadas — pela Ponte Preta, neste ano.

O arqueiro assumiu a posição no jogo anterior, no triunfo diante do Fluminense, vem correspondendo em campo e ajudou o Corinthians a vencer duas partidas seguidas pela segunda vez em 2024.

Após ter fechado o gol, ele disse que se espelha em Cássio, desconversou sobre tê-lo desbancado e fez um agradecimento. Carlos Miguel reconheceu o tamanho do ídolo e destacou, tanto na entrevista pós-jogo como na zona mista, que ainda tem muito o que aprender com ele. O camisa 12 foi para o banco após seu forte desabafo, o que deu oportunidade ao então reserva imediato.

Agradeço muito ao Cássio, se estou aqui é porque ele me ajudou bastante. Aprendi muito e vou aprender muito ainda. Só agradeço pelo apoio. Ele trabalhou muito, não à toa está há 12 anos no clube, é o maior ídolo. Eu poder estar jogando é felicidade, mérito do trabalho dos nossos goleiros e dos preparadores. Carlos Miguel, na saída de campo

Me espelho muito no Cássio. Desbancar não é uma palavra muito legal para usar com um goleiro do tamanho do Cássio. Eu escolhi estar aqui, poderia ter ido para outros clubes no início, não vim pelo dinheiro, sabia do trabalho, do cara que teria junto comigo, que é o Cássio. Consegui me desenvolver mais ainda. Fico feliz de estar desempenhando tudo o que sonhei e batalhei para ter. Carlos Miguel, na zona mista

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