STJD aceita parte do recurso, mas Cuca não comanda Atlético-MG no domingo
Do UOL, em São Paulo
30/07/2021 19h11
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deferiu parte do pedido de efeito suspensivo solicitado pelo Atlético-MG para o técnico Cuca, punido com um gancho de quatro jogos por ofensas proferidas contra o árbitro Leandro Vuaden, na partida contra Ceará, na 7ª rodada do Brasileirão.
A corte exigiu que Cuca cumpra metade da pena, ou seja, dois jogos de suspensão, para poder aguardar o julgamento do seu recurso — que ainda não tem data definida — antes de cumprir as duas últimas.
Como o treinador já cumpriu uma suspensão automática, após a expulsão no jogo contra os cearenses, ele não comandará a equipe contra o Athletico-PR no próximo domingo, às 16h, no Mineirão.
A Procuradoria denunciou Cuca com base no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por ofensa. Posteriormente a Procuradoria incluiu ainda o artigo 243-C por ameaça e pediu a intimação e comparecimento da arbitragem da partida para esclarecimentos.
O árbitro afirmou que se sentiu "extremamente ofendido" com a postura do treinador. "Somos questionados em toda partida e tenho que continuar a cada partida mostrando o meu melhor. Ele se aproxima e diz que tem nojo e fiquei surpreso com tudo que me foi dito. Me parece que me pegou para ouvir tudo. Naquela noite eu nem dormi. Acho que ficou mais no calor e minha obrigação foi de fazer a transcrição", disse Vuaden."
Após o episódio, Cuca disse ter pedido desculpas. "Considero o Vuaden meu amigo e às vezes a gente fala para os nossos amigos o que não fala com os demais. O que falei não faltei com o respeito e ele me deu o vermelho. Após a expulsão eu perdi a cabeça e acabei falando um monte de besteira ao Vuaden e o ofendendo. Eu me reportei em seguida já no mesmo dia e pedi meu empresário para fazer um texto de arrependimento. Não o vi mais e, por isso, não pedi desculpas pessoalmente. Mais do que me arrepender e reconhecer meu erro, tenha certeza que me puni muito. Jamais agredi alguém e nem tentei. No momento de destempero a gente fala muita coisa. Foi uma mistura de muitas coisas", comentou à época o treinador.