Cortez "herda" apelido no Bota e tenta manter tradição 10 anos após título
Leo Burlá
Do UOL, no Rio de Janeiro
27/04/2020 04h00
Um apelido de boas lembranças para a torcida do Botafogo retornou ao clube exatos 10 anos depois de um dos títulos guardados com mais carinho pelo torcedor. Após "Loco" Abreu ser o grande herói do Carioca de 2010, título conquistado com direito a gol de "cavadinha" contra o rival Flamengo, Cortez chegou ao clube com a "benção" do xará uruguaio.
Se o atacante já está na galeria dos imortais alvinegros, o equatoriano ainda tem um longo caminho a percorrer até ganhar o coração da arquibancada. Cortez trocou o Emelec (EQU) pelo Alvinegro e não conseguiu dar sequência. Foi usado em três jogos, mas ainda não deixou uma impressão positiva em boa parte dos torcedores.
Apesar desta largada sem muito brilho, existe em General Severiano a fé de que o meia poderá engrenar após o retorno das atividades. Considerado jogador de boa qualidade técnica, ele ainda não é considerado carta fora do baralho.
Pesa contra o jogador o passado marcado por alguns problemas disciplinares. Cria do Independiente del Valle, deixou o clube em litígio. No Emelec, se desentendeu com o treinador Ismael Rescalvo e também não deixou saudades.
Cortez pertence ao Guayaquil City-EQU e, se o Botafogo quiser comprar os direitos do jogador, terá que desembolsar US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões na cotação atual). Se ele corresponder, a expectativa é que o Alvinegro já tenha virado empresa e possa fazer o investimento.
O equatoriano, no entanto, terá uma boa concorrência no seu setor. Ele disputará posição com Nazário, Honda e Leandrinho. Dependerá de Paulo Autuori arrumar um lugar para que alguns deles joguem juntos no time titular.