Após Sampaoli, Santos acredita que segue na vanguarda do país com Jesualdo
Danilo Lavieri e José Eduardo Martins
Do UOL, em São Paulo
29/12/2019 04h00
A palavra "vanguarda" já virou quase um bordão de Vanderlei Luxemburgo. Ela significa estar à frente do seu próprio tempo e inspirar os que vêm depois. Seguindo esta linha de raciocínio, foi pensando em influenciar o país inteiro que o Santos foi buscar Jesualdo Ferreira, seu novo treinador.
A pessoas próximas, o presidente José Carlos Peres tem destacado que está no DNA do Santos ser seguido por outros clubes e que, por isso, não faria sentido entrar no ciclo de treinadores que rodam entre os times brasileiros.
Apesar de não ter tido uma boa relação com Jorge Sampaoli, o cartola sempre avaliou que a equipe da Baixada Santista virou influência para os demais ao acertar com um técnico estrangeiro. Ao ver a agremiação como exemplo a ser seguido, ele gostaria de manter o status com o sucessor do argentino.
Com a influência do sucesso de Jorge Jesus no Flamengo, Peres apostou que trazer um treinador com conceitos táticos diferentes dos usados na maioria dos clubes brasileiros seria a atitude certa para o momento.
Foi com esse discurso que o Santos convenceu Jesualdo a não se aposentar. Não à toa, o técnico português tem exaltado a história de seu novo clube e o quanto ele influenciou o futebol por todo o mundo.
"A primeira grande referência que tive do futebol brasileiro foi o Santos. Em 1962, eu ainda era novo, mas lembro que o Santos enfrentou o Benfica. Nunca mais esqueço daquele time do Santos com Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe", afirmou Jesualdo, em sua despedida de Portugal.