Querido no Atlético-MG, interino exalta importância de técnico experiente
Enrico Bruno
Do UOL, em Belo Horizonte
06/05/2019 04h00
Rodrigo Santana está agradando no comando do Atlético-MG. 100% no Brasileirão depois da vitória contra o Ceará por 2 a 1, o treinador interino também tem recebido o feedback positivo dos jogadores, além da diretoria, que tem planos de mantê-lo pelo menos até a chegada da Copa América. A cada evolução mostrada no time desde a saída de Levir Culpi, o técnico é questionado sobre uma possível efetivação no cargo. Da última vez que isso aconteceu, Rodrigo foi sincero e admitiu que vê a necessidade de ter alguém mais experiente no Galo.
Em 2017, Rodrigo foi eleito o melhor treinador do Campeonato Mineiro. Na ocasião, treinava a URT, de Patos de Minas. No ano passado, preferiu recuar um passo no sonho de treinar uma grande equipe e aceitou treinar o time sub-20 do Atlético. E é lá que ele estaria até agora se não tivesse que apagar o incêndio do Atlético nas últimas semanas. Por essas e outras, Rodrigo se coloca à disposição para continuar no clube, mas acredita ser necessário ver alguém menos cru, com o perfil de líder e mais experiência para passar os jogadores.
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"O meu relacionamento com a diretoria é muito bom, muito tranquilo. Eu não tenho pressão do meu lado. E eles me dão total liberdade para que eu possa trabalhar, da mesma forma que eu converso com eles também. É importante ter um líder aqui também, experiente, da altura do clube. Isso é importante, é bom. Estou procurando fazer o meu melhor. Estou começando na minha carreira agora. Apesar de ter oito anos como treinador, sempre treinei time pequeno. Isso está sendo muito novo. Estou muito tranquilo sobre quando a diretoria falar: 'Vamos apresentar o treinador novo'. Eu vou aprender mais. Quanto mais o time estiver organizado, para eu passar as informações quando o treinador chegar aqui, maior é o sucesso do Galo e o meu sucesso", comentou o treinador de 36 anos.
Nas últimas semanas, o Atlético procurou alguns nomes, mas recebeu algumas negativas. O último deles foi Rogério Ceni, do Fortaleza. Tiago Nunes, do Athletico Paranaense, também falou publicamente que preferiu permanecer em Curitiba a mudar-se para Belo Horizonte. Além disso, o Galo também sondou a situação de Jorge Sampaoli, do Santos. Mesmo que o clube contrate um treinador, Rodrigo é cotado para permanecer como auxiliar técnico fixo, e já aprovou a ideia.
No ano passado, o Atlético também viveu situação bastante parecida. Depois de demitir Oswaldo de Oliveira no início do ano, o clube ficou por mais de quatro meses com Thiago Larghi, então auxiliar, na função de interino. Em junho, Larghi foi efetivado, permanecendo até outubro, quando foi substituído por Levir Culpi.