Chelsea condena gritos antissemitas na Liga Europa e promete punir fãs
Do UOL, em São Paulo
14/12/2018 16h16
O Chelsea condenou veementemente a atitude dos torcedores que cantaram palavras antissemitas durante o empate por 2 a 2 contra o Vidi, pela Liga Europa. As ofensas aos judeus buscavam atingir a torcida do Tottenham, rival dos Blues em Londres com forte identidade judaica.
"Antissemitismo e qualquer tipo de ódio racial ou religioso são elementos repugnantes para este clube e para a grande maioria de nossos torcedores. Não há lugar para isto no Chelsea ou em nossas comunidades", declarou um porta-voz do clube.
As fortes declarações foram reproduzidas por veículos da imprensa britânica, como a BBC. "Qualquer indivíduo que não tenha capacidade de compreender uma simples mensagem e envergonhe o clube com palavras racistas ou antissemitas sofrerá as mais fortes ações do clube", prosseguiu a nota.
De acordo com os jornais locais, a Uefa analisará a súmula do árbitro Aleksandar Stavrev, da Macedônia, para decidir o que fazer sobre o caso. Não está descartada uma punição ao clube, e a entidade pode optar por abrir um processo disciplinar ainda nesta sexta.
Como instituição, o Chelsea não se omite diante deste tipo de ocorrência; afinal, Roman Abramovich, dono do clube, é de família judia. Em março, especulou-se que o russo poderia adotar a iniciativa de enviar torcedores preconceituosos para um curso educativo ou em visita a Auschwitz, o mais conhecido campo de concentração nazista.
Esta não foi a primeira vez na semana que torcedores dos blues foram acusados de discriminação. Na vitória por 2 a 0 sobre o Manchester City, o atacante Raheem Sterling teria sido alvo de insultos racistas por parte de fãs do Chelsea. O clube prometeu investigar o caso e já baniu quatro torcedores de seus jogos por tempo indeterminado.