Em ação, Atlético-PR diz que negativa do Coritiba pelo gramado é "falsa"
Napoleão de Almeida
Colaboração para o UOL
27/06/2017 12h34Atualizada em 27/06/2017 18h53
A ação movida pelo Atlético-PR para mandar o jogo contra o Santos pelas oitavas de final da Copa Libertadores, em 5 de julho, no Estádio Couto Pereira, cita que o argumento de que o gramado do campo do Coritiba não terá condições de receber a partida "simplesmente não é sério".
A partida citada acima é entre Coritiba x Vasco, pelo Campeonato Brasileiro, no próximo domingo foi confirmado para a Vila Capanema, do Paraná Clube. A CBF vistoriou os gramados dos dois estádios e a confirmação da mudança do jogo do Coxa é mais um elemento nesse Atletiba extra-campo na Libertadores. Na decisão, a CBF fala que o motivo da mudança da partida é a "processo de plantio da grama de inverno" do estádio.
A ação ainda afirma que o Atlético será responsável por todos os "custos de reparação em eventuais danos causados ao estádio cedido" para justificar eventuais prejuízos a reforma do campo. Também no texto da ação está o pedido de antecipação de tutela, ou seja: que a Justiça assegure, através de liminar, a realização da partida antes do julgamento "porque o jogo será já na próxima semana e há uma série de providências que devem ser tomadas, sobretudo a venda antecipada de ingressos no prazo mínimo estabelecido pelo Estatuto do Torcedor", argumenta o rubro-negro.
Um engenheiro agrônomo da Conmebol deve visitar o estádio nos próximos dias para avaliar o gramado. Da mesma forma, o Atlético pretende fazer com que um engenheiro seu verifique as condições. Em entrevista à "Rádio Banda B", o engenheiro Denis Renaux, contratado pelo Coritiba para a troca, declarou que o gramado não tem condições de receber nem treinamentos até o dia 10 de julho. "Nós tivemos uma reunião com o Coritiba e diante dessa semeadura da planta de inverno, nos passaram que o próximo jogo seria em 10 de julho. Não teria nenhuma previsão de jogo ou treino neste período", afirmou.
Juiza pediu novo documento
Em despacho emitido nesta terça-feira, a juíza Aline Koentopp solicitou ao Atlético que entregue em até 48 horas um documento que comprove que o Coritiba recebeu o pedido de aluguel do estádio.
A reportagem apurou junto ao Coritiba se existe documento assim e o clube confirmou que oficiou à CBF e ao próprio Atlético em documento o desejo de não alugar o estádio, com a alegação de que o gramado não reunirá condições de jogo. O documento está em posse do Atlético e deverá ser entregue no prazo solicitado.
O Atlético anexou a comprovação de que o Coritiba teve ciência do pedido de aluguel ao processo no final da tarde desta terça, conforme solicitação judicial. Confira: