Penapolense processa o Corinthians por não receber na venda de Marlone
Bruno Thadeu e Dassler Marques
Do UOL, em São Paulo
04/05/2017 10h23
O Penapolense acionou o Corinthians na Justiça alegando ter recebido apenas parte da venda de Marlone, que atualmente está emprestado ao Atlético-MG. Segundo o clube do interior paulista, que detinha parte dos direitos econômicos do jogador, a dívida do time alvinegro é de R$ 1,7 milhão, incluindo juros e correções.
No processo, o Penapolense informa que vendeu 50% dos direitos de Marlone para o Corinthians por R$ 4 milhões. A transferência foi formalizada nos últimos dias de 2015, mas ainda não foi paga.
A equipe do Parque São Jorge teria pagado as duas primeiras entradas de R$ 500 mil cada. O acordo estabelecia ainda 20 parcelas de R$ 150 mil, mas o Corinthians pagou apenas seis. As parcelas de dezembro a abril estão em aberto.
O time interiorano quer receber as 14 parcelas pendentes, destacando que a partir do inadimplência de 3 meses é possível exigir a liquidação total (com base no artigo 1.5 do mecanismo de transferência). Algumas parcelas ainda não venceram (a última parcela termina em outubro de 2017).
Pelo não pagamento, o Penapolense pede a penhora de ativos financeiros do Corinthians. Marlone, apesar de ter o nome ligado à equipe, jamais atuou por lá. A equipe de Penápolis é utilizada pelo agente e investidor Fernando Garcia para o registro de atletas.
O Corinthians ainda não foi notificado judicialmente, conforme informou o departamento jurídico, consultado pelo UOL Esporte. O processo tramita na 29ª Vara Cível da Justiça de São Paulo.
Dívida de Marlone é apenas mais uma entre várias do Corinthians na compra de jogadores
Além do Penapolense, o Corinthians enfrenta vários outros problemas pelo não pagamento de atletas adquiridos.
Nesta semana, o clube foi processado pelo Coritiba, que alega não ter recebido pela venda de Kazim. Mas há outros problemas mais antigos.
Conforme mostrou o UOL Esporte, são pelo menos 10 dívidas, algumas delas já convertidas em processos. Agentes como Bruno Misorelli, pela venda de Matheus Pereira, e Marcus Sanchez, pela venda de Petros, cobram o clube judicialmente por não receberem direitos econômicos devidos.