Ação em que cobra R$ 5 mi do Cruzeiro afasta Riascos de estafe do Brasil
Thiago Fernandes
Do UOL, em Belo Horizonte
20/08/2016 06h00
Riascos contrariou as recomendações de parte de seu estafe ao acionar o Cruzeiro na Justiça do Trabalho. A ação movida pelo colombiano contra os mineiros é uma estratégia de Mauro Bousquet, empresário italiano que cuida de sua carreira. Os brasileiros Ubiraci Cardoso e Giuliano Aranda não se envolveram no caso.
No processo, o gringo pede uma indenização superior a R$ 5 milhões e a rescisão unilateral do vínculo com o clube. O primeiro encontro para a tentativa de solucionar o caso será em 30 de agosto, na 27ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. A intenção do atleta é se desvincular da agremiação antes do fim da janela de transferências europeia.
A ação foi arquitetada por Mauro Bousquet desde que aconselhou o atleta a retornar à Colômbia, no fim de julho. Parceiros do italiano na estadia do centroavante no Brasil, Ubiraci Cardoso e Giuliano Aranda não se envolveram na situação referente à ação contra o Cruzeiro.
A boa relação com o presidente Gilvan de Pinho Tavares – eles são representantes de Dedé e Willians – fez com que deixassem a decisão a critério do atleta e de seu procurador no exterior.
“Eu não estou a par disso (processo do Riascos contra o Cruzeiro). Essa é uma decisão individual do jogador e de seu empresário do exterior, o Mauro (Bousquet). Eles decidiram e o Magrão (como o sócio Giuliano Aranda é conhecido) e eu não participamos disso. Não temos relação com este fato”, afirmou Ubiraci ao UOL Esporte.
Na realidade, a dupla evitou se envolver no caso desde que Riascos optou pelo retorno à Colômbia. Até então, Bira e Magrão – apelidos dos empresários – eram os responsáveis por negociar a saída do jogador da Toca da Raposa 2 por conta da polêmica declaração após a partida contra o Fluminense.
Os empresários brasileiros foram os responsáveis por levar o atacante ao Vasco da Gama por empréstimo e por conduzir o retorno a Belo Horizonte, quando se encerrou o compromisso com o clube de São Januário. Eles ainda deram suporte ao jogador no período em que ele ficou no Rio de Janeiro, entre o jogo no estádio Giulite Coutinho e a viagem à terra natal.