Jogos beneficentes de Messi podem ter sido usados para alimentar tráfico
A Agência Antidrogas dos Estados Unidos, DEA, investiga os amistosos beneficentes que tiveram Lionel Messi como estrela. A suspeita é de que parte do dinheiro arrecadado foi utilizado para alimentar empresários ligados ao narcotráfico no México. Ao todo, foram quatro partidas beneficentes em países das Américas (México, Peru, Colômbia e Estados Unidos), realizadas em 2013.
De acordo com o jornal espanhol El Mundo, o assessor de Messi, Guillermo Marín, teria admitido desvio de dinheiro oriundo dos amistosos beneficentes.
Outro empresário envolvido nos eventos, Andrés Barco, declarou ao EL Mundo que teria depositado na conta do agente de Messi o equivalente a 1,7 milhão de dólares (R$ 5,2 milhões), referente à partida disputada na Colômbia.
O montante arrecadado com os amistosos pode ter ido parar nas mãos da Los Valencia, organização criminosa do México.
As autoridades apontam algumas irregularidades nos jogos batizados de “Messi x Amigos”, entre elas a venda de ingressos fictícios.
A pessoa ligava e se comprometia a doar determinada quantia. Em troca, ele “ganhava” um ingresso, mesmo não indo ao local do amistoso. A ideia era simular que o doador contribuísse com as partidas como se fosse um torcedor de arquibancada.
A DEA suspeita que os empresários do evento não repassaram a verba a ONGs (Organizações Não-Governamentais).
Outra questão que é investigada está relacionada a cachês dos atletas envolvidos.
Os empresários dos amistosos informaram que os amigos de Messi atuaram de graça. Mas os atletas podem ter recebido cachês para os jogos. Se isso for comprovado, ficará caracterizado irregularidade fiscal.
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