Topo

Fla polemiza em notas oficiais e acumula brigas com interlocutores

Presidente Eduardo Bandeira de Mello e diretoria do Flamengo têm assinado notas oficiais polêmicas - Alexandre Vidal/Fla Imagem
Presidente Eduardo Bandeira de Mello e diretoria do Flamengo têm assinado notas oficiais polêmicas Imagem: Alexandre Vidal/Fla Imagem

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/09/2013 06h10

Não chega a ser novidade o silêncio da diretoria do Flamengo em alguns assuntos, evitando entrevistas e escapando de questionamentos mais embaraçosos. No entanto, chama atenção a maneira como a cúpula do clube resolveu se pronunciar diante de alguns temas nos últimos tempos. Com um tom polêmico, o Rubro-negro tem acumulado notas oficiais em seu site e “guerras” públicas com alguns de seus interlocutores por conta das mensagens.

O último posicionamento deste tipo aconteceu na quarta-feira, quando o clube resolveu cobrar publicamente a Prefeitura do Rio de Janeiro por conta da demora na liberação de uma verba prometida de R$ 5 milhões para as obras do CT Ninho do Urubu.

Longe de qualquer tom ameno, o Conselho Diretor do Flamengo disse que a prefeitura beneficiou os rivais Vasco, Fluminense e Botafogo ao ceder terrenos para construção de CTs, enquanto o clube da Gávea não tinha nem previsão de receber seu benefício.

“O Flamengo ainda não viu cumprida a promessa pública do Prefeito. Infelizmente, não foram utilizados os mesmos critérios para todos os clubes”, dizia o comunicado.

Semanas antes da “briga” com a prefeitura, a discussão havia sido com o consórcio que administra o estádio do Maracanã. A nota citou um “serviço péssimo” e “modelo de administração prejudicial” ao comentar o trabalho da concessionária.

Desta vez, a reclamação deu certo. O governador Sérgio Cabral comprou a briga do clube da Gávea, pressionou o consórcio e fez com que os administradores do Maracanã ajustassem o contrato de acordo com as vontades do Flamengo.

Alguns meses antes, uma nota ainda mais polêmica gerou outra discussão. Esta, porém, ainda perdura em outras esferas. O Flamengo anunciou em seu site oficial ter assinado uma rescisão amigável com o meia Renato Abreu. O jogador, porém, nem sabia da decisão do clube de dispensá-lo. E, se sentindo prejudicado, resolveu acionar o Rubro-negro na justiça, cobrando R$ 4 milhões por danos morais.

E o site oficial também foi palco de outras notas polêmicas. Primeiro, o clube se posicionou sobre a barração do ídolo Nunes no CT Ninho do Urubu, reafirmando a decisão de não permitir visitas de pessoas que não estejam ligadas ao trabalho do departamento de futebol.

O fato acabou gerando grande discussão, principalmente pelo trecho que dizia que “antes, todos entravam no CT. Não havia controle, nem em véspera de jogos, trazendo um ambiente que atrapalhava a preparação dos jogadores”.

Por fim, após alguns protestos por conta do mau desempenho do time em campo, a diretoria levantou, em nota, a hipótese de tais manifestações ocorrerem por motivação política.

“Alguns oportunistas ainda tentam desestabilizar a nova gestão. Vamos apurar a possibilidade de ter sido uma manifestação direcionada, com fins políticos, num momento em que novos projetos e ideias têm sido discutidos e postos em prática”, dizia mais uma das polêmicas notas oficiais rubro-negras.

Evitando a polêmica dos bastidores, o Flamengo volta a campo na noite desta quinta-feira. O time da Gávea encara o Atlético-PR às 19h30, no Maracanã, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.

EM CAMPO, TIME TENTA FUGIR DAS POLÊMICAS E ENCARA O ATLÉTICO-PR