Dirigente são-paulino provoca Santos e abre portas para Neymar após tirar Ganso da Vila
Lucas Tieppo
Do UOL, em São Paulo
21/09/2012 13h04
Depois da “lei do silêncio” imposta pelo São Paulo por conta das negociações com o Santos por Paulo Henrique Ganso, o diretor de futebol Adalberto Baptista falou sobre a contratação do novo camisa 8 do time do Morumbi. O dirigente falou da vontade do jogador em vestir a camisa tricolor, sobre a condução do negócio por parte do rival e aproveitou para dar uma cutucada na diretoria santista.
“Contratamos o Ganso pois ao nosso ver é um dos três maiores jogadores que surgiram nos últimos cinco anos no futebol brasileiro. O Lucas é um deles e o outro é o Neymar. E quem sabe o Neymar não vem para cá depois da Copa”, afirmou Adalberto.
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Apesar de tentar ao máximo não criar polêmicas com o Santos, era claro o desconforto do diretor de futebol são-paulino com a forma que o clube alvinegro conduziu a negociação.
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“Prefiro não entrar em polêmica, mas vocês (jornalistas) acompanharam. Se pegar as declarações e as notas oficiais publicadas, vão ver que não há coerência nenhuma. Na minha opinião, poderiam dar um tratamento diferenciado com o jogador. Com o São Paulo, tentaram tirar o maior valor possível e isso é normal”, afirmou.
“Não digo que a relação esteja abalada, mas não é a mesma que anteriormente. Agora temos que retomar o caminho da boa convivência”, completou.
Responsável pelas tratativas com o Santos, Adalberto viu a concorrência do Grêmio como uma ameaça real para o sucesso da negociação com Ganso. Mas voltou a dar uma cutucada no Peixe.
“Acho que a preferência pelo Grêmio foi mais uma punição ao atleta para que ele não fosse para o lugar que desejava. Mais isso do que o lado econômico, já que foi pedido o valor da multa para ambos”, disse.
O dirigente ainda revelou que o valor da multa rescisória de Ganso, que assinou por cinco anos e receberá R$ 350 mil mensais, no São Paulo é de 60 milhões de euros - maior do que o valor anterior no Santos - para times do exterior e cerca de R$ 80 milhões para equipes brasileiras. O time do Morumbi investiu R$ 16,3 milhões e ficará com 32% dos direitos econômicos, enquanto a DIS injetou R$ 7,6 milhões, ficando com 68% dos direitos.