Cristóvão ressalta coragem e diz que acertou mais que errou em 1 ano de Vasco

Com a serenidade característica, Cristóvão Borges completa um ano no comando do Vasco nesta terça-feira, dia 28 de agosto, data na qual Ricardo Gomes sofreu o AVC hemorrágico durante clássico contra o Flamengo em 2011. Pouco depois da cirurgia do amigo, o então auxiliar foi comunicado pelo presidente Roberto Dinamite de que assumiria o cargo. Após 365 dias, o técnico ressaltou a coragem para tomar decisões e assegura que acertou mais do que errou apesar das críticas da torcida.

No tempo em que está à frente do time, o treinador foi vice-campeão brasileiro, semifinalista da Copa Sul-Americana, chegou às finais dos dois turnos do Campeonato Carioca e até a fase de quartas de final da Copa Libertadores. Atualmente, o Cruzmaltino soma 35 pontos e está em 4º lugar no Campeonato Brasileiro.

“Foi surpreendente, chocante e difícil para todos nós. Foi uma missão bastante pesada pela responsabilidade que é dirigir um clube como o Vasco. Não dava tempo para pensar na frente, muitas coisas para resolver e o campeonato não podia parar. Tive que me superar e a constatação de ultrapassar limites que jamais imaginei me fortaleceu bastante. É uma tarefa árdua e acho que respondi bem”, afirmou.

Cristóvão Borges colocou os jogadores como seus principais parceiros na complicada empreitada. Mesmo os desgastes em alguns momentos com Juninho e Felipe, ídolos do clube, foram amenizados pelo comandante. Tranquilo, Cristóvão entende as manifestações da torcida, mas tem a certeza de que a trajetória possui mais acertos do que erros.

“Os jogadores foram decisivos. Você precisa ter atitude e tomei muitas decisões em relação aos grandes ídolos. A torcida entende que qualquer coisa nesse sentido envolve maltratar o ídolo. Mas nunca fiz nada para errar e não quero perder o meu emprego. Os desejos são os mesmos e a minha função é a de fazer o melhor para que o Vasco ganhe. Nem tudo o que eu faço será de concordância de todos. Entendo bem isso e tive que ter audácia e coragem. Tive a felicidade de acertar mais do que errar. Estou completando um ano, mas a vivencia é de muito mais tempo”, encerrou.