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Adepto da prancheta, Tite vira discípulo de Joel e mostra vício por estatísticas

Ao lado da assessora do Corinthians, Tite olha para a sua prancheta antes do treino Imagem: Renan Prates/UOL

Renan Prates

Em São Paulo

17/06/2011 07h00

O técnico Tite é conhecido por sua fala rebuscada e expressões que caíram na boca do povo. Mas o que pouca gente notou é que o treinador virou discípulo de Joel Santana em um aspecto: o uso da prancheta. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, ele também demonstrou ser viciado em estatísticas.

“Sempre [usou prancheta]. Lembro que desde 2001 no Grêmio, no Caxias eu já tinha, porque fico no calor do jogo, e na medida que eu pego e anoto, fico prestando atenção e sei que eu pontuei lá. Depois chego no intervalo, abro a relação e vejo: esses são os pontos que tenho que atacar. Facilita, didaticamente é melhor”, justificou Tite.

Questionado sobre ser discípulo do técnico Joel Santana, famoso por usar a ‘inseparável’ prancheta, Tite sorriu, e admitiu que segue o Natalino por ser mais novo que ele.“Joel é de outra geração e está bem mais tempo, talvez ele seja o precursor e eu tenha entrado (risos). Uns usam bloquinho, uns lembram e pedem para o auxiliar falar, teve até o do bilhetinho”.

O “do bilhetinho” citado por Tite foi o técnico Juan Carlos Osorio, que ficou conhecido pelo público brasileiro por passar recados aos atletas do Once Caldas na partida contra o Santos pela Libertadores por intermédio de um bilhete, algo que o corintiano disse que não irá copiar. “Achei meio, não sei se inovador ou meio estranho. Talvez ele esteja a pouco tempo com a equipe”.

Tite tem duas pranchetas. Uma ele mostra sem problemas e explica o que faz, as variações táticas que coloca aos jogadores do Corinthians e o espaço que reserva para fazer suas anotações sobre a partida. A outra é misteriosa, que ele não gosta de dissertar sobre. “Ela é um pouquinho pessoal”, justificou.

Mas no pouco que diz, o treinador deixa claro que é obsessivo por estatísticas. “A cada trabalho que eu tenho quando entro em campo tenho o esboço dele, os atletas que vão, o tipo de trabalho, tempo de treinamento, numero de toques na bola, intensidade que eu quero... assim como vocês [jornalistas] que pautam uma serie de situações, nós também pontuamos”, justificou Tite.

Com ajuda da prancheta ou não, o fato é que Tite, aos poucos, está dirimindo a desconfiança que os torcedores do Corinthians possuem nele com uma boa campanha na temporada, a despeito da trágica eliminação na Libertadores. Vice-líder do Brasileirão, o treinador segue em busca do primeiro título da carreira no comando do time paulista.

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