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O que esperar da Croácia, adversária do Brasil nas quartas da Copa?
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O compromisso de quartas de final da seleção brasileira na Copa do Mundo Qatar-2022 não deve ser muito diferente das duas primeiras partidas disputadas pela equipe de Tite no Oriente Médio.
A Croácia, adversária de amanhã do time pentacampeão mundial, a partir das 12h (de Brasília), na Cidade da Educação, em Al-Rayyan, deve adotar um comportamento bastante semelhante aos de Sérvia e Suíça, derrotadas por Vinícius Júnior, Richarlison e cia. nas rodadas inaugurais da fase de grupos.
Ao contrário da Coreia do Sul, que acreditou que era possível fazer uma marcação alta contra o Brasil e levou quatro gols no primeiro tempo da partida válida pelas oitavas, os croatas devem seguir o exemplo de sérvios e suíços e jogar fechadinhos lá atrás à espera de "uma bola" para tentarem resolver o jogo.
O leitor que ainda lembra bem da Copa passada talvez até se pergunte: mas a Croácia vice-campeã mundial de quatro anos atrás não jogava assim, jogava?
Realmente, mas muita coisa mudou na seleção comandada por Zlatko Dalic desde o histórico resultado conquistado na Rússia-2018.
Além do natural envelhecimento do craque Luka Modric, que, aos 37 anos, continua tendo um requinte técnico absurdo, mas sem a mesma intensidade física de antes, o time também perdeu o meia Ivan Rakitic, que dividia com o camisa 10 a tarefa de organizar as ações ofensivas, o centroavante Mario Mandzukic, seu goleador, e Ante Rebic, seu atacante mais veloz pelos lados do campo.
Todas essas baixas tiraram da Croácia boa parte da sua capacidade de ser agressiva e balançar as redes adversárias. Com isso, a única opção para Dalic manter a equipe sendo competitiva foi adotar um futebol mais cauteloso e pragmático.
E ele obteve sucesso nessa mudança de chip. A dupla formada por Marcelo Brozovic e Mateo Kovacic, dois volantes que atuam em gigantes do primeiro escalão da Europa, tornou o meio-campo croata bem mais pegador do que na época em Rakitic compunha o setor.
Além disso, achou um zagueiro com potencial para se tornar um dos melhores do mundo na posição. Implacável nas disputas individuais e bastante ágil para o seu tamanho, o jovem Josko Gvardiol, de 20 anos, que defende o RB Leipzig, faz um grande Mundial e não deve demorar para aparecer em clubes ainda mais relevantes no cenário internacional.
Independente de praticar um futebol mais ou menos defensivo, algo que não mudou na Croácia desde a Copa passada foi a força mental que ela costuma apresentar para lidar com a tensão dos mata-matas.
Dos cinco jogos eliminatórios que disputou desde as oitavas de final da Rússia-2018, a seleção só perdeu um (a final contra a França). Das outras quatro vitórias, uma foi obtida na prorrogação e três em disputas de pênalti.
Ou seja, ainda que esteja mais desgastada fisicamente que o Brasil, a Croácia certamente irá a campo sem nenhum medo de ter de lidar com mais 120 minutos de futebol... ou um pouco mais, considerando o tempo para as cobranças de desempate.
A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e teve a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e é baixa -Alemanha, Uruguai e Espanha já foram eliminadas.
O torneio está sendo disputado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por causa do calor que faz no país sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.
Essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado há 24 anos, desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizado por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.
Copa do Mundo - quartas de final
Amanhã, às 12h - Croácia x Brasil, Cidade da Educação, em Al-Rayyan
Amanhã, às 16h - Holanda x Argentina, Nacional, em Lusail
10/12, às 12h - Marrocos x Portugal, Al-Thumama, em Doha
10/12, às 16h - Inglaterra x França, Al-Bayt, em Al-Khor
Veja últimas notícias da seleção e da Copa do Mundo no Qatar no UOL News Copa com Domitila Becker:
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