Pressão do Nacional derruba a estratégia de Tite e surpreende Corinthians
Dassler Marques
Do UOL, em São Paulo
05/05/2016 07h30
Reconhecidamente um fator decisivo no mata-mata, os gols fora de casa levaram o Nacional-URU às oitavas de final da Copa Libertadores em Itaquera. No empate por 2 a 2, o Corinthians foi surpreendido por uma decisão arrojada dos visitantes.
A estratégia do técnico Gustavo Munúa na Arena Corinthians foi pressionar de início, exatamente o contrário do que Tite considerava o mais provável. Com uma marcação sufocante entre as duas intermediárias, o time uruguaio impediu o time da casa de jogar no início.
Do contrário das equipes adversárias da fase de grupos, atacou e foi premiado já aos 4min com gol do jovem atacante Nico López. Estava estabelecida a vantagem do gol fora de casa que costuma indicar a sorte nos mata-matas.
Na véspera do jogo, Tite esperava exatamente pelo oposto. Boa parte da atividade preparatória para encarar o Nacional foi feita no campo de ataque, com oito reservas que formavam duas linhas de quatro posicionadas entre a intermediária defensiva e a linha de fundo.
Na prática, o Corinthians se preparou para encarar uma retranca. Mas o plano de Munúa foi exatamente outro, como já havia colocado em prática ao vencer o Palmeiras por 2 a 1 em São Paulo ou ao empatar na casa do Rosario Central por 1 a 1, com gol sofrido nos acréscimos.
"Nós planejamos essa estratégia", disse o meia Gonzalo Porras. "Creio que eles não esperavam que a gente viesse aqui e fizesse um jogo assim. Fizemos essa pressão, tivemos algum controle da bola e pudemos jogar", acrescentou.
O lateral Jorge Fucile, ex-Santos, explicou a decisão. "Sabíamos que não podíamos ficar atrás porque o Corinthians tem grandes individualidades, jogadores que podem definir. Mas o emblema que temos (na camisa) nos obriga a ganhar em todos os campos. Estar no Nacional é assim", declarou.
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