Após 2018 em alta, defesa falha e Inter quer "hora extra" em bolas aéreas
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
26/01/2019 04h00
Os gols que o Internacional sofreu diante do Pelotas, na última quinta-feira (24), fizeram soar um alarme no Beira-Rio. Depois de fechar 2018 com a defesa em alta, o time gaúcho falhou em dois lances de bola parada. A ideia é aprimorar o quesito ainda na pré-temporada.
Contra o Pelotas, o sistema defensivo do Inter perdeu as únicas duas disputas pelo alto em cobrança desde o lado da área.
"Precisamos já no próximo jogo melhorar. Sabemos o quanto a bola parada define. Eles tiveram quatro bolas paradas e fizeram dois gols. É um aproveitamento excelente. É mérito do Pelotas e nós temos que melhorar", disse Odair Hellmann, treinador do Inter. "Dá para corrigir? Dá e vamos corrigir", ratificou o técnico, que prevê "hora extra" de trabalho para acertar o setor.
O empate do Pelotas foi convertido por Dão e saiu após levantando da esquerda. Marcelo Lomba chegou a espalmar, mas a bola ficou viva dentro da pequena área. A virada ocorreu em outra bola parada ao lado da área, mas aí com desvio no primeiro poste.
"Sempre costumo dizer o seguinte: tem dois fatores determinantes na bola parada. Se toma gol marcando zona ou individual. Não é a marcação que defende ou tira mais gols ou faz mais gols. É, na minha visão, uma boa batida. Uma boa batida dificulta muito para a defesa. No segundo gol, houve uma boa batida. E a outra situação é a imposição dos cabeceadores. E o Pelotas tem bons cabeceadores, jogadores com essa característica", comentou Hellmann.
Para o Inter, os gols sofridos preocupam mais do que pela derrota circunstancial. Ao longo do ano passado, a dupla Rodrigo Moledo e Victor Cuesta se tornou pilar do time. A defesa, mesmo com revezamento grande na lateral direita, virou setor destaque no modelo de jogo reativo. Por isso, a dor de cabeça com as falhas recentes é grande.
O Internacional volta a campo no domingo, contra o São José (RS), no estádio Passo D'Areia.