Cristóvão sofre primeiras críticas no Flu, mas diretoria projeta renovação
Rodrigo Paradella
Do UOL, no Rio de Janeiro
20/08/2014 06h00
Alçado ao posto de unanimidade com o crescimento do Fluminense sob seu comando, o técnico Cristóvão Borges agora sofre as primeiras críticas da torcida tricolor após três partidas sem vitórias, uma delas com uma eliminação traumática da Copa do Brasil diante do América-RN. Nas Laranjeiras, no entanto, a moral do treinador segue em alta.
O presidente Peter Siemsen já cogita até mesmo tomar uma atitude inédita em sua gestão: um contrato com Cristóvão até o final de seu mandato, que acaba em dezembro de 2016. A medida seria tomada por causa da identificação com os conceitos do treinador, além dos bons resultados. O atual vínculo do treinador vai até o fim de 2015.
A ideia perdeu força com o mau momento da equipe em campo, mas segue em pauta no Fluminense. O trato inédito seria respaldado pelos números de Cristóvão no Fluminense até aqui: mesmo há três jogos sem vencer, o Tricolor tem 61% de aproveitamento em 19 partidas oficiais, com 11 vitórias, dois empates e seis derrotas.
“Dependendo de conversas com ele (Cristóvão), com o Mário Bittencourt e com a patrocinadora, há o interesse em tê-lo até o fim do mandato [do presidente Peter Siemsen]”, explicou o diretor executivo de futebol Paulo Angioni.
As primeiras críticas ao trabalho de Cristóvão Borges no Fluminense surgiram após o empate por 1 a 1 com o Coritiba, na 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o treinador fez confusão sobre o número de substituições já realizadas e acabou tendo que deixar Fred no banco de reservas durante toda a partida.
O treinador foi acusado de cometer outro erro nas substituições na derrota por 2 a 0 para o Botafogo, no último domingo. Tudo porque o Fluminense sofreu dois gols pouco após a entrada de Walter no lugar de Cícero, no início do segundo tempo.
“Estou no futebol há alguns anos. As coisas são extremistas. Ou é muito bom ou não serve. Com o tempo, a gente vai se acostumando a não se emocionar muito nem com os grandes elogios, nem com as aparentes tragédias. O meu comportamento, quando falaram que eu era esse treinador todo, é o mesmo de hoje quando sou contestado. Fico nesse equilíbrio. Nem me entusiasmo muito, porque o exagero é para o bem e para o mal”, ponderou Cristóvão.
Atrás de encerrar a sequência negativa que gerou as primeiras críticas a Cristóvão, o Fluminense encara o Chapecoense às 22h desta quarta-feira, em Santa Catarina, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.