Tímido, Hettsheimeir estranha assédio e adota discurso humilde após grande atuação
Daniel Neves
Em Mar del Plata (Argentina)
07/09/2011 21h14
Pouco conhecido do público, o pivô Rafael Hettsheimeir mostrou seu cartão de visitas nesta quarta-feira. Grande nome da vitória do Brasil sobre a Argentina por 73 a 71, em Mar del Plata, pelo Pré-Olímpico das Américas, o novato da seleção se mostrou tímido com o assédio da imprensa após a partida e procurou dividir os méritos da vitória com o grupo.
“Sou bastante tímido, é a primeira vez que tem tanta gente conversando assim comigo, mas é normal”, comentou Hettsheimeir, que estranhou ficar um bom tempo falando com a imprensa após a partida. “O pessoal está esperando no ônibus. Espero chegar a tempo de jantar”.
Hettsheimeir teve um desempenho impressionante nesta quarta-feira. Mesmo sendo marcado pelo astro argentino Luis Scola, deixou o banco de reservas para ser o cestinha brasileiro com 19 pontos, além de ter apanhado oito rebotes e obtido duas roubadas de bola.
O pivô ainda foi fundamental para tirar Luis Scola da partida. Cestinha da partida com 24 pontos, o argentino sofreu com o brasileiro no garrafão e deixou o confronto na metade do último quarto com cinco faltas.
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“É um jogador consagrado, muito querido aqui pelos argentinos, mas eu entrei tranquilo, como se fosse um jogador a mais. Tentei fazer o que meu treinador pediu, que é defender e não cair nas fintas. Ele fez 24 pontos, mas acho que a vitória é mais importante”, disse Hettsheimeir.
Apesar do grande desempenho, Hettsheimeir acredita não ter feito o grande jogo de sua carreira. Para o pivô, sua atuação em alguns jogos da Liga Espanhola foram tão bons quanto o apresentado nesta quarta.
“Foi meu melhor jogo com a camisa da seleção, pois é meu primeiro grande torneio. Mas já tive outras boas atuações na Espanha”, afirmou o pivô, sem considerar o desempenho especial. “O mais importante foi a vitória”.