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Como é SUV elétrico chinês de meio milhão que BYD cedeu para Lula e Janja

BYD Tan é 100% elétrico e foi cedido para o presidente Lula e a primeira-dama Janja Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo S(P)

25/01/2024 04h00

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu ontem (24) de executivos da BYD em Brasília (DF) um exemplar do SUV 100% elétrico de sete lugares Tan, que ele e Janja, a primeira-dama, poderão usar durante um ano em regime de comodato.

Com preço sugerido de R$ 529.890, o utilitário esportivo importado da China traz zero emissões de poluentes e tem números de desempenho que chamam a atenção.

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O Tan tem 517 cv de potência e 69,3 mkgf de torque, mais aceleração de zero a 100 km/h abaixo dos 5 segundos - números superiores aos do Porsche 911 de entrada, que entrega 385 cv e 45,8 mkgf.

Imagem: Divulgação

O modelo oriental, que vai produzir veículos em Camaçari (BA) a partir de 2025, é o primeiro carro de passeio da marca chinesa a desembarcar no Brasil.

Para disputar espaço na categoria de SUVs elétricos premium, o Tan vem baseado em uma tecnologia própria de baterias, mais seguras, e com uma enorme "sopa de letrinhas" associadas as tecnologias presentes no modelo.

A bateria do SUV elétrico é de fosfato de ferro de lítio, uma bateria que é utilizada em alguns outros modelos de carros elétricos e que se destacada da de íons de lítio por ser parcialmente reciclável.

Essa bateria é uma nova tecnologia da BYD, batizada de Blade, que faz os pacotes de bateria mais finos, leves e resistentes a explosão, por exemplo. A garantia é de 8 anos sem limite de quilometragem, enquanto do carro é de 5 anos ou 500 mil km.

Como sempre acontece com carros elétricos, o peso é bem superior se comparado a um equivalente a combustão devido ao pacote de baterias, que geralmente responde por 400 kg a mais. No caso do BYD, o peso total em ordem de marcha é de 2.479 kg.

Segundo a marca, a carga completa em um carregador rápido (DC) de 110 kW leva 1,3 hora. Ele leva a carga de 30% para 80% em 30 minutos em um carregador rápido. Usando um carregador de corrente alternada (AC) com potência de 7 kW é preciso 15 horas para a carga total.

A autonomia divulgada com 100% de carga na bateria é de 472 km em ciclo urbano, 395 km com uso rodoviário e autonomia combinada de 437 km, segundo a BYD.

Dimensões

O Tan tem 4,87 m de comprimento, 1,95 m de largura, 1,72 m de altura e 2,82 m de entre-eixos. Como método de comparação, as medidas são maiores em 11 cm no comprimento, 10 cm na largura e 4 cm na altura e 3 cm no entre-eixos do que o Jeep Commander, outro modelo de 7 lugares no mercado.

De acordo com a BYD, o porta-malas pode ter 235 litros com os sete assentos em uso, 940 litros com 5 assentos em uso ou 1.655 litros com a segunda e terceira fileiras rebatidas. A abertura é elétrica por dentro, pela chave ou por meio de movimentos com o pé sob o para-choque.

Equipamentos

Imagem: Divulgação

A lista de equipamentos é farta. O modelo traz pacote com frenagem autônoma de emergência, leitor de faixa com correção no volante, alertas de colisão traseira, tráfego cruzado e alerta de ponto cego.

Há ainda leitor de placas de trânsito, sensor de pressão nos pneus, assistente de descida e de partida em rampa, além é claro dos controles de tração e estabilidade, piloto automático adaptativo (ACC) e alerta de tráfego na abertura das portas.

Ele tem chave presencial com partida por botão e vem preparado para usar o smartphone como chave também, por meio da tecnologia NFC, a mesma que permite usar o smartphone como cartão do banco. O painel de instrumentos é virtual, de alta resolução e tem três configurações de mostradores.

Por dentro há seis airbags, carregamento de celular por indução, ajuste elétrico da coluna de direção em distância e altura, ar-condicionado de duas zonas com aquecimento e ventilação nos bancos dianteiros, tudo controlado pela central multimídia de 15,6" que gira e permite usá-la na vertical ou na horizontal ao toque de um botão na tela ou no volante.

O lado lúdico, além da iluminação interna fica por conta do sistema de monitoramento do entorno do veículo. Além das câmeras 360º externas, que criam a projeção de uma imagem superior do carro em manobras, há uma câmera virada para dentro do carro com lente grande angular, que permite gravar vídeos e tirar fotos dos ocupantes, como se estivesse usando um smartphone, tudo controlado pela central.

O SUV traz também rodas de liga-leve de 22 polegadas com pneus de medida 265/40 R22. O sistema de freio é da grife italiana Brembo com pinças flutuantes e discos ventilados na dianteira e na traseira.

Todas as luzes dos faróis e lanternas são de LEDs, incluindo os "cornering lights", que são as luzes de neblina que acompanham o movimento do volante e acendem nas curvas. O interior oferece iluminação personalizável com diversas opções de cores com a mesma tecnologia.

Como o BYD acelera

Imagem: Divulgação

Por dentro, um possível preconceito com o carro chinês que ainda possa existir tende a desaparecer logo no primeiro contato. O acabamento é de qualidade em todos os componentes do interior da cabine e a ergonomia parece interessante para ter todos os comandos à mão.

O espaço parece bom para cinco ocupantes graças ao piso plano na segunda fileira de bancos. O espaço da terceira fileira parece acomodar bem apenas crianças ou pessoas com altura inferior a 1,60 m.

Com dois motores elétricos, um em cada eixo, o Tan trabalha como um SUV de tração dianteira na maior parte do tempo e entra como um SUV de tração integral (AWD) quando necessário.

A entrega dos 517 cv e 69,3 mkgf vem na forma de uma "patada". Mesmo com suas quase 2,5 toneladas, a aceleração em 4,6 segundos surpreende bastante e conta até com uma opção no painel de instrumentos que marca o tempo da arrancada.

As dimensões bem colossais do SUV elétrico até que surpreendem pelo relativo conforto que ele passa em uma pilotagem mais dinâmica. O fato do pacote de bateria estar alojado no assoalho ajuda a melhorar a estabilidade nas curvas, situação em que o carro não balança tanto lateralmente quanto se esperava.

Com sistema de renegeneração de energia nas frenagens, o Tan, como os demais híbridos e elétricos do mercado, exige que se "reaprenda" a frear, colocando mais pressão no pedal.

Isso porque em um carro convencional qualquer leve toque no freio já inicia a frenagem, enquanto em carros eletrificados primeiro ele inicia a regeneração e com mais pressão começa a frenagem efetivamente, então é preciso ter essa atenção.

O teste curto serviu para ter algumas referências do carro, que tem dois modos de condução: sport e eco, não há um meio-termo na entrega de potência e torque.

Se o chassi até que oferece um acerto adequado para o tamanho e o peso, a direção poderia ser um pouco mais precisa, especialmente quando se tentar andar mais esportivamente para explorar os mais de 500 cavalinhos.

Em curvas mais fechadas, ou se vier acelerando muito cedo na saída de curva, o BYD tende a sair de frente e coloca o controle de tração para funcionar, "matando" a potência até que o carro esteja equilibrado novamente.

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