Toyota Corolla: por que carro que chega ao Brasil em 2023 está muito melhor

O Toyota Corolla é o bicho-papão do segmento dos sedãs médios, um predador que impera em um habitat já abandonado por muitos rivais. Porém, isso não quer dizer que ele não possa melhorar, e quem provou isso foi a própria marca, que apresentou a reestilização de meia-vida do carro. Olhando por fora, parece que o modelo não mudou muito, mas a impressão é desfeita a um segundo olhar.

A data de lançamento nacional está programada para meados de 2023, uma previsão amparada pelos investimentos feitos pela Toyota na fábrica de Indaiatuba (SP), para onde já foram reservados R$ 50 milhões para a renovação do sedã. Não é um valor enorme para tamanhas mudanças, restando ver quais delas chegarão ao Brasil de fato. O ano que vem será especial para o Corolla, dado que a versão hatch GR, de 304 cv, será lançada no mesmo período.

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Híbridos potentes e mais rápidos

Desempenho nunca foi problema para o 2.0 aspirado, já que o motor imprime um desempenho muito próximo ao oferecido por alguns concorrentes turbos, entre eles o Chevrolet Cruze. O mesmo não pode ser dito do 1.8 Hybrid. Por mais que o negócio dele seja fazer médias extraordinárias de consumo, o fato é que faltava um pouco de pimenta verde, claro, pois o apelo dele é ecológico - e essa é a cor que mais combina.

Por ora reservadas aos mercados estrangeiros, o Corolla Hybrid tem novidades. O 1.8 não foi aposentado, mas o propulsor recebeu o auxílio de um novo motor elétrico, que chega acompanhado de novas baterias de íons de lítio, que são mais leves e menores, garantindo uma redução de massa que chega a 18 kg, dependendo da configuração. As emissões não mudaram: são emitidos 102 g/km de CO².

Esperamos que a autonomia no modo puramente elétrico seja ampliada, algo que não o deixaria próximo de um híbrido plug-in, cujas baterias são maiores e têm a capacidade de serem carregadas na tomada, mas que seria suficiente para rodar sem emissões por uns quilômetros a mais.

A potência total saltou de 122 cv para 140 cv, diminuindo a distância em relação aos 177 cv do 2.0 aspirado, embora ainda não seja possível cravar os números que serão gerados com o sistema flex. De acordo com a Toyota, as mudanças permitem acelerar o modelo de zero a 100 km/h em 9,2 segundos, 1,7 segundo a menos do que o exigido pela versão anterior. No Brasil, talvez haja algumas mudanças ou até a manutenção do 1.8 atual, mas pode ser um belo reforço.

Se você acha que poderia ter mais vigor, há a opção do 2.0 Hybrid, conjunto que eleva a potência aos 196 cv, contra 180 cv de antes, e o leva da imobilidade aos 100 km/h em ótimos 7,5 s, 1,5 s a menos do que o anterior. No entanto, não temos confirmação se essa motorização será oferecida um dia no Brasil. O 1.8 já está adaptado às condições do nosso mercado, além de ser compartilhado com o Corolla Cross.

De acordo com a marca, uma das vantagens é oferecer maior sensação de força G nas arrancadas e retomadas. O objetivo declarado foi reduzir um pouco a aceleração linear das versões anteriores, fazendo com que o Corolla híbrido responda aos anseios do acelerador com maior vigor. Ele vai deixar você mais colado no banco, sem, contudo, aumentar o ruído interno.

Design externo e interno

Por fora, são novos os para-choques e grade do tipo colmeia, que ficaram mais esportivos, um toque que é também dado pelas rodas mais ousadas e pelas molduras dos faróis de neblina, agora ligeiramente mais realçadas. Tudo parece combinar com o desempenho mais esperto. O design externo nem precisava mudar muito, pois o carro já era bonito e atual.

É a beleza interior que realmente importa. Há um novo quadro de instrumentos integralmente digital de 12,3 polegadas, algo que o Corolla devia, uma vez que a tela atual tem apenas 7 polegadas. O mostrador pode exibir quatro modos diferentes: Casual, Smart, Sport e Tough - este último nos deixou curiosos, pois a tradução direta seria algo como durão, forte ou robusto.

A central multimídia também cresceu, mas não na mesma medida. São 10,5 polegadas, meia polegada a mais. Sim, o item continua a ter uma tela espetada no topo do painel.

O grande barato é o upgrade em conectividade. Há o Toyota Smart Connect, que permite acessar navegação e atualizar o tráfego em tempo real. De quebra, há um novo assistente de voz pessoal, capaz de reconhecer comandos verbais para operar o multimídia e outras funções do veículo, tais como abrir ou fechar os vidros.

O app MyT permite ainda acrescentar uma interação extra com o smartphone. Você pode trancar o carro, usar o sistema de ar-condicionado para refrigerar ou aquecer a cabine a distância, entre outras facilidades. Mudam também gráficos e padrões do acabamento.

Maior segurança

As assistências ativas ao motorista foram ampliadas. O sistema Toyota T-Mate agora oferece auxílios como supressão de aceleração, que inibe o uso repentino do acelerador em baixas velocidades, suporte ativo contra colisões em cruzamentos, acionamento automático do volante e recurso capaz de reagir para evitar uma colisão frontal; redução de velocidade em curvas.

Ainda conta com um detector que impede que você abra a porta quando um ciclista ou veículo venha na direção da traseira do carro. Outras funcionalidades de segurança podem ser adicionadas ou atualizadas por meio da nuvem.

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