Todo motorista de Audi R8 é celebridade... mesmo sem ser; assista
André Deliberato
Do UOL, em São Paulo (SP)
14/08/2017 08h00
Como você acha que é guiar um carro de R$ 1,2 milhão na vida real? Confira
Após muita divulgação e um bom tempo de espera, a Audi lançou há algumas semanas no Brasil a segunda geração de seu superesportivo R8. O carro é conhecido desde a primeira geração por ser o modelo usado pelo herói vivido por Robert Downey Jr. nas aparições no cinema do "Homem de Ferro". UOL Carros aproveitou uma deixa para descobrir como é, afinal, rodar com um carro desses na vida real em uma cidade real, como São Paulo.
Foi atualizada a receita de motor V10 central-traseiro de 5,2 litros, 610 cv e 57,1 kgfm de torque, aliado ao câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem, com tração integral. O preço, porém, está muito mais restritivo: R$ 1.170.000.
O conjunto é capaz de fazer o bólido acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,2 segundos. Mas esses números impressionantes, sinceramente, importam menos.
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Quase famoso
Como em nossas ruas e rodovias são raros os trechos onde seria possível aproveitar de forma mais prazerosa o poderio do motor ou o trabalho da suspensão sem problemas, o que mais sobressai é a sensação de ser observado pelas pessoas na rua como se você fosse uma celebridade.
Assim, acaba sendo divertido ver a cara de decepção da maioria delas ao perceber que quem está ao volante não é um jogador de futebol, cantor ou youtuber.
De toda forma, a empolgação retorna ao rosto de todos quando o ronco do V10 escapa da dupla de saídas de escape. O R8 berra alto e também chama a atenção pelo barulho, não só pelo visual exótico. Faz parte do pacote em um carro que custa mais de R$ 1 milhão.
A fera no asfalto
Guiar um R8 é muito mais prazeroso na pista do que na rua. Ele é praticamente um kart com preço milionário, tamanha dureza da suspensão e da direção. Além disso, há o custo prático: em cinco dias, foram R$ 600 gastos em gasolina, com consumo médio de 3 km/litro. Ah, a gasolina precisa ser de alta octanagem.
Arrancadas fenomenais, frenagens com a mesma intensidade das arrancadas e curvas feitas em velocidades inacreditáveis -- todo ser humano com carteira de habilitação deveria ter, ao menos uma vez na vida, a oportunidade de pisar fundo em um carro como este. Mas isso só é possível, de fato, em pista fechada.
No meio da cidade, nos contentamos em desfilar fazendo barulho. E isso já rendeu muita diversão.