Audi A3 Sedan nacional sai do forno com câmbio e suspensão mais simples
Leonardo Felix
Do UOL, em São Paulo (SP)
09/10/2015 11h30
Um dia após a notícia de que o Mini Countryman começou a ser fabricado em Araquari (SC), a Audi anunciou o início da fabricação do A3 Sedan 1.4 turboflex na fábrica do grupo Volkswagen em São José dos Pinhais (PR).
O modelo chega às concessionárias em novembro e deve manter a faixa de preço inicial em torno de R$ 100 mil, conforme UOL Carros antecipou durante o Salão de Frankfurt. Há chances de uma pequena redução para a faixa de R$ 90 mil.
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Primeiro carro da marca a beber gasolina e etanol, o três-volumes teve o propulsor 4-cilindros retrabalhado para entregar 28 cv a mais de potência (com etanol) em relação ao A3 Sedan 1.4 importado, chegando a 150 cv. Essa mesma unidade também equipará o Volkswagen Golf e o SUV Q3 nacionais até o primeiro trimestre de 2016.
Ter um carro mais forte pelo mesmo preço é bom, não? Sim, mas para isso haverá uma "compensação": o A3 Sedan nacional vai trocar a transmissão S-Tronic, automatizada de dupla embreagem e sete velocidades, pela automática Tiptronic, de seis marchas. A suspensão traseira também será simplificada, substituindo o tipo independente por conjunto convencional com eixo de torção.
Embora a informação não seja confirmada pela montadora, UOL Carros apurou que a montadora justificará a medida alegando melhor casamento do motor com a transmissão automática com conversor de torque, e que a mudança de suspensão não compromete o conforto. A mesma solução tende a ser implantada no Golf e no Q3 feitos localmente.
Econômico
No anúncio oficial, a Audi também antecipou dados de consumo do 1.4 TFSI flex no Inmetro: 7,8 km/l (cidade) e 9,9 km/l (estrada), se abastecido com etanol, e 11,7/14,3 km/l com gasolina. São dados bastante atrativos para um modelo de segmentação premium.
A meta da Audi é emplacar 1.000 unidades do sedã nacionalizado só em 2015. Nos nove primeiros meses do ano foram 4.431 exemplares vendidos, média de quase 500 por mês. O bom volume tem sido decisivo para fazer da Audi uma das poucas marcas que cresceram no país ao longo do ano, apesar da queda geral de mais de 20% nas vendas de carros novos.