Sandero e Civic pioram consumo na cidade e melhoram na estrada, diz Inmetro
Novos dados do Conpet, programa de eficiência energética do Inmetro, incluem os dados de consumo e emissão de poluentes e CO2 de modelos lançados recentemente no Brasil. A calibragem da nova geração do Renault Sandero inverteu o comportamento do hatch, que passou a ser mais eficiente na estrada do que na cidade. É o caso também do sedã Honda Civic LXR 2.0 2015 -- que além da grade frontal modificada, teve alteração de rodas e pneus (de perfil mais esportivos, mas ainda de baixo atrito, mais ecológicos). Os dados são referentes à atualização da última quarta-feira (2).
Com a adição, o Programa de Etiquetagem veicular do Inmetro lista agora 170 diferentes modelos de 36 marcas -- Audi, Bentley, Changan, Chery, Chrysler, Citroën, Dodge, Ferrari, Fiat, Ford, Hafei, Hyundai, Honda, JAC, Jaguar, Jinbei, Jeep, Kia, Lamborghini, Land Rover, Lexus, Maserati, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan, Peugeot, Porsche, Rely, Renault, Rolls-Royce, Smart, Subaru, Suzuki, Toyota, Volkswagen e Volvo. A grande ausência segue sendo a GM e sua marca Chevrolet.
A lista completa de modelos avaliados pelo Inmetro/Conpet pode ser vista no site do Programa de Etiquetagem.
SELO DE EFICIÊNCIA
Ao todo, pelas contas do Inmetro/Conpet, são 458 variações de modelos nacionais e importados vendidos no Brasil. Apenas 27,2% dos avaliados, porém, receberam o chamado "selo verde", certificação que garante que o modelo é equipado com motor mais eficiente.
Apesar da semelhança de comportamentos apontadas acima, o novo Sandero tem avaliação final diferente do novo Civic. O hatch compacto da Renault obteve nota A (mais eficiente) de consumo em sua categoria e selo Conpet: faz médias de 8,1/11,9 km/l na cidade e 9,2/13,4 km/l na estrada (etanol/gasolina no tanque), com emissão de 106 gramas de CO2 a cada quilômetro rodado, segundo o Inmetro.
O Sandero anterior emitia ligeiramente menos gás causador do efeito estufa (105 g/km de CO2) e era melhor de consumo em ambiente urbano: 8,1/12,4 km/l na cidade, 8,6/12,8 km/l na estrada (de novo, para etanol/gasolina).
No caso do Civic 2015 com motor 2.0 e câmbio automático de cinco marchas (versão LXR), as pequenas alterações fazem o sedã emitir menos CO2 (122 g/km, ante 124 do modelo 2014), com consumo médio de 6,4/9,7 km/l em ciclo urbano e 9,4/13,8 no rodoviário (etanol/gasolina). No 2014, as médias eram 6,6/9,7 km/l (urbano), 9,0/13,1 km/l (rodoviário), para etanol e gasolina, respectivamente. Com este motor, porém, a Honda não consegue notas máximas de eficiência (é índice B), nem selo verde.
Para receber a nota A do Inmetro e selo do Conpet, é preciso (como já ocorria antes) escolher o Civic de entrada, que tem motor 1.8, câmbio manual de seis marchas. Mas desta vez há um importante detalhe: externamente, o carro não mudou de visual. O modelo 2015 tem a mesma cara do 2014 e emite 113 g/km de CO2 (antes, 114) e consome 7,2/10,9 km/l (na cidade) e 9,2/13,5 (na estrada), com etanol/gasolina. Neste caso, o consumo de etanol piorou em qualquer situação, enquanto o de gasolina se prova mais favorável ao bolso (o 2014 fazia 7,4/10,7 km/l na cidade, 9,5 /13,4 km/l na estrada, para etanol/gasolina).
OS MELHORES
Apesar dos novos dados, o panorama de eficiência dos carros vendidos no Brasil não mudou em relação à listagem de junho. Ainda sem estrear nas lojas, o novo Ford Ka (hatch) segue como carro mais ecologicamente correto fabricado no Brasil. Emite 95 g/km de CO2, enquanto seu motor 1.0 de três cilindros consome 8,9/13 km/l na cidade, 10,4/15,1 km/l na estrada (etanol/gasolina).
Os dados são válidos para o carro com ar-condicionado e deixam o modelo da Ford bem posicionado e atrás apenas de Fiat Uno Economy 1.4 e Renault Clio em suas versões sem ar-condicionado.
No topo, invictos, estão os raros e caros modelos híbridos, todos importados: Ford Fusion (16,8 km/l), Toyota Prius e Lexus CT200h (15,7 km/l para os dois últimos), sempre com gasolina no motor a combustão.
Ainda com gasolina, o Ka registrou 13 km/l na cidade. Já com etanol, os índices ficaram em 10,4 km/l nas rodovias e 8,9 km/l em uso urbano.
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