De Rainha a homenageada: os Carnavais de Luiza Brunet na Portela
Luiza Brunet, 60, foi uma das homenageadas do desfile da Portela, que comemorou 100 anos na Sapucaí na segunda noite do Grupo Especial do Carnaval no Rio. A escola relembrou passagens marcantes de sua própria história no sambódromo, e dedicou uma parte de seu samba para relembrar a rainha que ficou mais tempo à frente da bateria da escola.
A modelo representou a Portela entre 1986 e 1994 — em 1988, grávida, ela afastou-se do cargo e desfilou sobre um tripé, mas voltou ao próprio posto no ano seguinte. Embora a Azul e Branca seja a maior vencedora do carnaval carioca, com 22 títulos, nenhum deles foi conquistado com Brunet no posto de rainha.
Em seu retorno à Portela, junto a outras grandes figuras como Adriane Galisteu, Luíza fez um protesto contra a violência doméstica ao marcar um X em vermelho pintado em sua mão. Ela passou pela avenida usando um vestido todo azul com brilhos, na cor da escola, e comemorou a importância de estar presente para marcar uma data tão importante para a Portela.
A trajetória de Luiza Brunet no Carnaval começou em 1981, quando aceitou um convite de Joãosinho Trinta para desfilar pela Beija-Flor de Nilópolis. Naquele momento, ela não imaginava que se tornaria uma referência para outras rainhas de bateria que viriam futuramente, ou que sua trajetória seria tão significativa para o Carnaval carioca. Ela deixou seu nome na história da folia junto de outras musas icônicas, como Luma de Oliveira e Monique Evans.
Nos anos seguintes, Luiza continuou desfilando pela Beija-Flor, até que recebeu o convite da Portela e por lá ficou até chegar à Imperatriz Leopoldinense, em 1995, e permanecer por 17 anos por lá à frente dos ritmistas.
O vestido escolhido por Luiza e o protesto com o X vermelho pintado na mão têm relação com seu ativismo no combate à violência contra as mulheres. "Não preciso colocar o corpo para fora. Hoje, minha preocupação é a minha causa", justificou.
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