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Nostalgia na estreia de bloco em homenagem à Xuxa, no Carnaval do Rio

Bloco Estica & Puxa Imagem: Marcelo de Jesus/UOL

Thiago Camara

Colaboração para o UOL, no Rio

16/02/2020 00h18

Centenas de habitantes do Planeta Xuxa aterrizam no Centro do Rio para lutar contra baixo astral e dar um basta na intolerância. São paquitas, tchuchucões e claro, a Rainha dos baixinhos das décadas de 80 e 90 que fazem a estreia do bloco Estica e Puxa.

É um tal de "liberar geral" e está realmente todo mundo feliz, como o Gerson Couto que aprovou a ideia de ter um bloco em homenagem à apresentadora de TV.

"Cabe qualquer ideia de bloco de Carnaval no Rio, porque a gente é muito sem limites na criatividade, na liberdade de expressão. E é bom também porque temos lugares para curtir sem ser na muvuca dos blocos famosos", conta ele que ficou sabendo do bloco por um amigo.

O amigo de Gerson, Bruno Valente, não só o convidou para curtir o evento, como está fantasiado de "Super Xuxa contra o Baixo Astral", icônico filme de 1988. Ele explicou o porquê da fantasia.

"Ela seria a Rainha e a super heroína perfeita para combater a intolerância, o arco íris que trago na fantasia simboliza isso também", explica ele.

Nostalgia e alegria dão o tom do bloco e as memórias são as melhores possíveis para os foliões. Denis Silva, nascido em 1982, que o diga. Ao começar a falar de Xuxa ele lembra imediatamente dos seus tempos de baixinho.

"Eu tomava café da manhã com ela. O que me trouxe aqui foi porque eu cresci com ela dentro da minha casa", explica ele.

As músicas da Rainha dos Baixinhos são as que provocam catarse, com os foliões empunhando microfones invisíveis para cantar junto com ela. E entre elas toca de tudo. Do samba ao pop atual, passando por um pop retrô e axé music dos anos 90. A paquita por um dia, Luiza Mayor correu para chegar no bloco e não perder nenhuma música.

"Tava preocupada de chegar atrasada e perder as músicas dela. A Xuxa desperta a nostalgia da gente continuar crescendo, sempre mas com felicidade e alegria", conta ela.

E teve até o famoso "Parabéns da Xuxa", é que o Matheus Gaygher, um dos organizadores do bloco, aproveitou a estreia para também comemorar seu aniversário. Mas ele não esperava o sucesso da estreia.

"Eu achei que vinham três pessoas, mais minha mãe e minha tia. Quando eu vi a rua toda tomada, confirmei o quanto a Xuxa mobiliza pessoas há tanto tempo", disse surpreso.

A ideia do bloco vem de 7 anos para cá, mas nunca houve a oportunidade de por em prática. Matheus compartilhou seu desejo com Marlon Peter, também organizador do bloco. Fã de Xuxa, apesar de ter membros da sua família que trabalhavam com ela, ele nunca conseguiu chegar tão perto de sua ídola. Mas ele espera que o bloco possa ajudar.

"Tomara que ela note a gente para eu poder, finalmente, tirar uma foto com ela", conta ele.

DJs conhecidos no cenário LGBT se revezam nas carrapetas para dar conta do setlist. Não foi dessa fez que Xuxa desceu da sua nave para abrilhantar o bloco, mas os amigos organizadores já têm planos para o ano que vem.

"A ideia é montar uma banda com sopros, metais, chamar Xuxa e convidar a Sasha para ser nossa madrinha", sonham eles.

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