'Para melhorar a saúde mental, qualquer atividade física é boa', diz médico
Colaboração para VivaBem
27/05/2022 11h20
Além de fazer exercício para melhorar o condicionamento físico e prevenir doenças, muitas pessoas têm feito atividade física como uma forma de cuidar da saúde mental. Mas será que existe alguma atividade melhor ou pior? O psiquiatra Arthur Danila tira dúvidas sobre o assunto no sexto episódio da terceira temporada do Conexão VivaBem.
Qualquer atividade física é boa para a saúde mental
"Eu costumo dizer que qualquer atividade física é boa para a saúde mental. Não importa se é desde fazer pesca ou futebol, o que importa é movimentar o corpo", afirma Danila.
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Fazer o que gosta e se conectar
Segundo o médico, levar em consideração se a pessoa tem alguma atividade favorita é importante porque isso vai aumentar a chance de ela querer continuar fazendo.
Quando o indivíduo faz o que gosta, ele se conecta e entra no estado de flow, isto é, de fluxo mental.
"Você mergulha na experiência, nem vê o tempo passar, você se conectou, se engajou profundamente naquela atividade. Aquilo se torna mais prazeroso, você vai querer fazer isso de novo", explica Danila.
Tem algum exercício que é melhor para ansiedade e depressão?
Cientificamente e historicamente falando, o psiquiatra diz que a atividade física aeróbica sempre foi a preferida para diminuir a ansiedade e depressão. "Isso porque a atividade física aeróbica, ou seja, aquela que eleva a frequência cardíaca do coração, tem mais relação com uma aptidão cardiovascular e também porque aumenta a secreção de endorfinas [conhecido como hormônio do bem-estar]", afirma o psiquiatra.
No entanto, ele cita que já há estudos apontando que os exercícios de resistência, como o de academia, tem dado o mesmo resultado no combate às duas condições.
Com quanto tempo a endorfina é liberada durante a atividade?
De acordo com os estudos, quando há uma elevação da frequência cardíaca e a pessoa sai do estado de funcionamento basal do corpo de quando está sentada e andando calmamente.
"Uma dica boa é ver se você consegue falar uma frase até o final ou se consegue cantar", aconselha o médico, se não conseguir, é porque saiu do estado basal e a endorfina deve ter sido liberada.