Som do seu despertador pode influenciar seu desempenho no dia, diz estudo
Do VivaBem, em São Paulo
04/02/2020 12h25
Você prefere ser acordado com um som suave, música animada ou toque alarmista que não deixa espaço para apertar o botão soneca? De acordo com um novo estudo publicado no periódico PLOS One, o tom do despertador pode influenciar seu desempenho nas tarefas do dia a dia.
Como o estudo foi feito
- Os pesquisadores trabalharam com um grupo de 50 participantes e se concentraram em relatos dos indivíduos e acompanharam, por medidas padronizadas, seus "estados de inércia", a transição entre sono e vigília, marcado vigilância reduzida e desejo de voltar a dormir.
- De acordo com os cientistas, quanto maior for o estado de inércia do sono ao acordar, maior será o sentimento de sonolência pela manhã.
- No estudo, os investigadores usaram questionários para descobrir que tipo de alarme matinal os participantes costumavam usar e o quão acordados - ou sonolentos - costumavam se sentir de manhã.
- Embora não tenham encontrado relação entre a inércia do sono e o som do alarme matinal, os resultados apontaram uma associação significativa entre o tipo de tom de alarme e seu estado sonolento.
- As pessoas que usavam alarmes mais melódicos relatavam sentirem-se mais alertas no período da manhã, enquanto aquelas cujos alarmes tinham sons mais severos, como o de um "bip", disseram que se sentiam mais grogue e menos acordados.
Por que a descoberta é importante
Os responsáveis pela análise argumentam que pessoas em empregos que exigem resposta imediata — como enfermeiras de emergência e bombeiros, por exemplo — podem se beneficiar das descobertas atuais.
Relacionadas
Embora não esteja claro por que o som de nossos alarmes pode influenciar como nos sentimos quando acordamos, os pesquisadores têm uma hipótese - ainda a ser testada.
"Achamos que um som 'duro', como o 'bip bip bip', pode funcionar para interromper ou confundir nossa atividade cerebral ao acordar, enquanto um som mais melódico como uma música que o indivíduo goste, pode nos ajudar na transição para um estado de vigília de maneira mais eficaz", explica Adrian Dyer, um dos autores do estudo, de acordo com o site Medical News Today.