Dia Mundial da Saúde Mental: Brasil lidera ranking de depressão e ansiedade
Tristeza, choro, desânimo. Todos esses sintomas estão ligados à depressão. Infelizmente, o Brasil tem números alarmantes de indivíduos que possuem a doença, além de transtornos de ansiedade. E o tema voltou a ser discutido ainda mais nesta quinta-feira (10), Dia Mundial da Saúde Mental.
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão. Essa é a maior taxa da América Latina e a segunda maior das Américas, estando atrás apenas dos Estados Unidos.
Os dados futuros são ainda mais preocupantes: estima-se que 20% da população teve ou terá depressão, sendo a doença psiquiátrica com maior prevalência no Brasil.
Os números em relação à ansiedade também não são nada animadores: 9,3% dos brasileiros (cerca de 19,4 milhões) sofrem com o problema e faz com que o Brasil ocupe o primeiro lugar da lista de países mais ansiosos do mundo. O suicídio é a terceira principal causa externa de mortes no país, com 12,5 mil caos em 2017, de acordo com o Ministério da Saúde.
Sinais da depressão
Os sintomas da depressão podem variar de acordo com fatores como a gravidade do transtorno e a presença de condições associadas, como ansiedade, sintomas obsessivos ou psicóticos. Veja algumas manifestações possíveis:
- No humor: tristeza prolongada; perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram apreciadas; choro fácil ou apatia; irritação; mau humor;
- Na autoimagem: sentimentos de culpa, vazio ou inutilidade; solidão; baixa autoestima; sensibilidade à rejeição; desamparo; desesperança;
- Nas funções cerebrais: dificuldade para executar as tarefas do dia a dia, tomar decisões; problemas de memória e concentração;
- Nos pensamentos: pessimismo; visão distorcida da realidade; ideias frequentes de morte e/ou de suicídio; pessimismo; pensamentos negativos persistentes (ruminações como "eu não vou conseguir", "eu sou um fracasso", "as pessoas estariam melhor sem mim" etc);
- No comportamento: falta de energia; fadiga; inquietação; agitação psicomotora; lentidão nos movimentos e/ou na fala; mobilidade reduzida; isolamento; perda de libido; dificuldade de receber ou transmitir afeto; aumento ou perda de apetite; uso de álcool e drogas (para tentar obter alívio);
- No sono: dificuldade para dormir, acordar muito antes do despertador ou dormir demais;
- No resto do corpo: aumento ou perda de peso; sensação de peso nos braços ou nas pernas; dores ou problemas digestivos sem causa aparente e/ou que não melhoram com tratamento; baixa imunidade.