Viver perto do mar ou de um rio pode reduzir o estresse, diz estudo
Do VivaBem
17/08/2018 15h05
Não é novidade que a água nos faz sentir bem, mas agora há provas científicas: um estudo publicado no periódico Health & Place confirma que viver perto de um corpo d’água melhora o bem-estar.
Para analisarem a relação entre o nível de estresse e a vida perto da natureza, os pesquisadores se concentraram na cidade de Wellington, na Nova Zelândia. Os cientistas extraíram informações topográficas de bancos de dados nacionais, mapeando quaisquer áreas florestais, parques e costas que seriam visíveis para os residentes.
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Eles então analisaram a Pesquisa de Saúde da Nova Zelândia de 2011 a 2012, que incluiu perguntas sobre saúde, estilo de vida, consultas médicas, status socioeconômico, problemas médicos crônicos e bem-estar mental. Dos adultos que participaram da pesquisa, 442 eram moradores de Wellington.
Os dados de saúde e topográficos foram então combinados e analisados e os resultados mostraram que o aumento das visualizações de espaços com água é significativamente associado a níveis mais baixos de sofrimento psicológico. "No entanto, não encontramos isso com espaço verde", diz o geógrafo de saúde da Universidade do Estado de Michigan, Amber L. Pearson.
Você deve ter pensado que obviamente pessoas em níveis socioeconômicos mais altos tendem a ter melhor acesso a espaços verdes e repletos d’água, além de cuidados médicos. Mas, mesmo depois de controlar variáveis ??como sexo, riqueza, idade e taxas locais de criminalidade, as descobertas confirmaram que ver a água estava associado a uma melhor saúde mental para praticamente todos.
A conclusão de que ambientes arborizados não teve impacto sobre a saúde mental das pessoas pode ser surpreendente, mas Pearson afirma que esses resultados podem ter algo a ver com o desenho do estudo. "Pode ser porque os espaços que continham água eram todos naturais, enquanto o espaço verde incluía áreas criadas pelo homem, como campos de esportes e playgrounds, bem como áreas naturais como florestas nativas", explica ele. "Talvez, se olhássemos apenas para as florestas nativas, pudéssemos encontrar algo diferente."