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Durante e após a quarentena

Um animal de estimação oferece companhia, diversão e apoio emocional, mas exige atenção e rotina

oferecido por Selo Publieditorial

O Centro de Pesquisa de Conexão Humano-Animal da Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos, fez um levantamento com base em pesquisas de Terapia Assistida por Animais (TAA) e os dados concluíram que o ato de acariciar um animal já é por si só relaxante. Isso acontece porque o contato com os bichos ativa o sistema límbico, responsável pelas emoções instintivas, e libera ocitocina e serotonina - os hormônios da felicidade.

A relação entre nós e os animais domésticos é tão intensa que, nos últimos anos, pesquisas científicas têm revelado que essa convivência ajuda no tratamento de distúrbios psiquiátricos como esquizofrenia e transtornos de personalidade, depressão, ansiedade, e até dor crônica. "Escovar um pet pode se tornar um exercício utilizado pelo fisioterapeuta para treinar determinado movimento", exemplifica Karina Schütz, psicóloga do Rio Grande do Sul especializada em Intervenções Assistidas por Animais. Schütz explica que os animais têm personalidades e características que devem ser respeitadas, e que ainda é preciso treinamento para que o pet possa ser um animal-terapeuta.

Karina atende 16 Institutos de Longa Permanência de Idosos (ILPI) e uma escola particular. Para isso, ela conta com uma equipe de dois cães, uma ararajuba chamada Quindim, devido a suas penas amarelas, cinco calopsitas e duas coelhas. "Aves e coelhos são excelentes pets. Mas é claro que os cuidados, tratamento e interação são diferentes.

Os pets e o isolamento social

Se os humanos sentiram (e ainda sentem) os efeitos do isolamento social, o estress também afetou os bichinhos. "A Quindim chegou a arrancar as penas e as coelhas estão roendo tudo o que encontram pela frente!", diz Karina.

A veterinária Camila Camalionte, consultora técnica da Bayer Pet, de São Paulo, explica que, assim como tudo ficou bagunçado para nós, também ficou para os pets. "Foi uma mudança brusca, radical na nossa rotina, refletindo no dia a dia deles também. Estamos em casa, mas trabalhamos mais horas do que no escritório. Como consequência, o tempo para brincar com eles acabou diminuindo".

Para controlar o estresse, a palavra-chave é rotina. "Mantenha a organização de atividades e refeições, assim como as horas de brincadeiras e interações", diz Camila. Sem passear, os cães precisam gastar energia de alguma maneira. Mas nada de mimá-los com petiscos nas horas erradas, só para atenuar a culpa de não estar dando a atenção devida. Isso pode acabar prejudicando a alimentação e provocando ganho de peso, ou seja, um futuro problema que pode impactar na saúde do seu amigo.

No caso dos gatos, que de modo geral têm um perfil mais independente, a confusão surge por perderem os momentos sozinhos em seu território. O contrário também pode acontecer: o gato, até então afeito aos afagos, pode se mostrar um carentão e não sair do colo dos tutores. "Respeite o tempo do animal e observe os sinais que ele mostra. Pressioná-lo a fazer o que ele não quer no momento vai irritá-lo mais ainda", alerta Camila.

No caso dos cães, é recomendado que após os passeios, a higienização das patinhas seja realizada somente com pano umedecido com água. O álcool pode irritar a pele do animal. Procure sempre produtos próprios para pets e consulte um médico veterinário se tiver dúvidas.

A "carentena" bateu

O sentimento de solidão e tristeza invadiu os lares nessa quarentena e muita gente aproveitou o período de isolamento para ganhar a companhia de um amigo de quatro patas. "As adoções e as procuras por um novo pet aumentaram muito! Eu faço uma avaliação criteriosa, peço para conversar por telefone com todos os moradores da casa, solicito vídeos e, se não ficou bom, peço de novo. Eu tenho um compromisso moral em dar uma vida mais digna para os resgatados", conta Gabriel Chaves, protetor autônomo da Casa do Vira Lata (@casadoviralata). Mesmo com tantas peneiras e critérios, nas últimas semanas, quatro animais ganharam lares definitivos. "Nunca aconteceu isso antes", afirma em relação à frequência de adoções.

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Um desses encontros especiais aconteceu no dia 28 de abril, dia em que o Paçoca chegou na casa do casal de arquitetos Thauan Miquelin e Bianca Pastore, de São Paulo. "Há um ano nós já havíamos decidido adotar um cachorro mas, sempre que nos interessávamos por algum, alguém, felizmente, já havia passado na nossa frente e adotado. Até que, em março, uma amiga nos enviou o link de um post no Instagram de protetoras independentes, a @loboproteçãoanimal. A Bianca já começou a chorar quando o viu e sabíamos que era ele", conta Thauan. O Paçoca foi encontrado com a pata fraturada e muito debilitado devido à "doença do carrapato". "Existem diferentes tipos dessa doença. Ao picar o animal, o carrapato pode transmitir um protozoário (Babesia canis) ou uma bactéria (Erlichia canis). Os sintomas são praticamente os mesmos em ambos os casos: o animal fica prostrado, pode perder peso, apetite, pode causar anemia, diarreia, entre outros", explica Ana Lúcia Goulart, veterinária clínica de São Paulo. "A doença é grave e pode levar a óbito. O tratamento pode ser agressivo, exigindo até transfusão de sangue. E pode ser reincidente se o agente causador ficar incubado no organismo do cão", diz a veterinária. Por isso, depois de estável, é indicado refazer frequentemente os exames no pet para monitorá-lo, às vezes semanalmente, por exames de sorologia.

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Ao adotar o Paçoca, a Bianca e o Thauan assumiram o compromisso de arcar com os custos de fisioterapia e futuras cirurgias caso sejam necessárias. "A gente viu nossa rotina toda mudar, a casa ficou mais alegre e a ansiedade e angústia da pandemia ficaram em segundo plano diante de tanto amor que o Paçoca trouxe pra gente", confessa Bianca.

É fundamental conversar com um veterinário para ajudá-lo a pensar qual espécie de animal e quais perfis são os ideais para a sua realidade. Além disso, o veterinário vai reiterar alertas básicos, mas que na hora da euforia são desconsiderados: cães e gatos, assim como humanos, precisam de cuidados médicos e consultas de rotina, ser alimentados de forma balanceada, ter as vacinas em dia e utilizar medicamentos preventivos para se protegerem de diversas doenças, causadas por pulgas, carrapatos e mosquitos, como a leishmaniose, por exemplo.

Camila Camalionte, Consultora técnica da Bayer Pet, de São Paulo

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Helio Vilanueva, doutorando em engenharia mecatrônica, cresceu com cachorros em casa, mas depois de oito meses morando sozinho começou a considerar adotar gatinhos. "Eles são mais independentes e não exigem passeios como os cães, o que facilita minha rotina, já que fico boa parte do dia fora de casa por conta do trabalho."

"Quando uma conhecida resgatou a mãe da Doze e da Treze, aproveitei o momento." Hélio já estava em contato com a colega e no fim de fevereiro as irmãs tinham quase três meses quando chegaram ao apartamento em que mora na rua Augusta - com as telas de proteção nas janelas devidamente instaladas. Em poucas horas, elas já dominaram a cama e o sofá. Menos de um mês depois, veio a pandemia. Se há um lado positivo, foi o de mimar as novas amigas ainda mais, já que o trabalho se tornou home office nesse momento. Hélio também não descuidou da saúde das gatinhas, que estão vacinadas, castradas e bem tratadas. "Eu vivia bem sozinho, mas percebi o quanto me sinto mais feliz em tê-las aqui, principalmente durante a quarentena. Elas são carinhosas, pulam no colo e alegram a casa correndo uma atrás da outra."

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Como será o novo normal?

Como medida de prevenção contra o novo coronavírus, a psicóloga Karina Schütz deixou de realizar as sessões com idosos e até conseguiu fazer algumas reuniões com os pacientes por videoconferência. Mas a experiência está longe de ser tão reconfortante quanto acariciar um pet. Por motivos de força maior, as visitas continuam suspensas.

"Minha primeira preocupação era ter certeza de que os pets não transmitiriam o coronavírus aos humanos. A princípio as evidências científicas são tranquilizadoras. Ainda assim, não posso retomar as sessões e expor os pacientes enquanto a circulação não for totalmente segura", diz Karina.

Ainda é cedo para saber os efeitos de toda essa mudança em nós e nos pets. O fato é que, com a flexibilização do isolamento social em muitas cidades, tem se intensificado a retomada do trabalho no comércio e escritórios, e os pets terão novamente uma mudança na rotina estabelecida nos últimos meses.

Para evitar a insegurança dos animais, especialistas aconselham retomar sua rotina aos poucos: refeições, brincadeiras, passeios e treinos devem ser na mesma na hora do dia em que costumavam acontecer. Estimule o enriquecimento sensorial dos animais com brinquedos que ativem os cinco sentidos e o raciocínio. Nos últimos meses, esses estímulos diminuíram e o foco foi maior na interação social com humanos.

E não precisa entrar em desespero: o seu pet vai ficar bem! Aproveite as idas ao mercado, por exemplo, para associar o momento sozinho do animal a algo positivo - pode ser um novo brinquedo ou um petisco saboroso.

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Lucas Scarfon, coordenador de marketing, de São Paulo, sabia que iria adotar um cachorro cedo ou tarde, mas a vida de baladeiro não permitia que ele tivesse uma rotina regrada. Há cerca de um ano, ele conta que foi diminuindo os compromissos e se tornou mais caseiro. "É a maturidade que chegou", conta em tom de brincadeira. "Quando passei a trabalhar em home office, por conta da pandemia, decidi que era o melhor momento para adotar um cão porque estaria presente e teria tempo para treiná-lo, criando um ambiente propicio para facilitar a adaptação", diz. Ele conheceu o Charlie, um cão filhote sem raça definida (SRD), e logo se tornaram amigos inseparáveis. E se o home office for suspenso no futuro? Lucas já pensou em tudo. "Mesmo que no fim do ano, por exemplo, tenhamos que voltar para o escritório, já tenho uma 'creche' de confiança para deixá-lo alguns dias da semana, além dos passeios diários antes e depois do expediente".

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Gifs divertidos para os seus stories!

A Seresto, que protege cães e gatos contra pulgas, carrapatos e doenças como a leishmaniose, criou uma coleção de gifs animados para o Instagram. Adicioná-los aos seus Stories é muito fácil: depois de clicar a foto do seu pet, toque a tela e deslize de baixo para cima. O menu do aplicativo será exibido, mostrando diversas opções para inserir no Story. Selecione o ícone "GIFs". Agora, basta digitar no campo de pesquisa por "seresto, pets quarentena, bayerpetbr, quarenpet, bayerseresto " e pronto! Só escolher seu sticker preferido.

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