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Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para Janssen e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL. Publicado em maio de 2022

O novo pacto contra o câncer

Em rodada do TEDxSão Paulo patrocinada pela Janssen, convidados expuseram suas visões sobre a doença

oferecido por Selo Publieditorial

Um futuro livre do câncer é possível? E o quanto já caminhamos em direção a isso? A estrada se constrói passo a passo. Com essa mensagem central, a Janssen reuniu um time de palestrantes para apresentar em uma rodada do TEDxSão Paulo seu Pacto Cada Conquista Vence o Câncer.

A ideia é promover uma mudança de mentalidade em todos os atores da jornada de cuidados, lançando um olhar sob as conquistas diárias que fazem parte desse caminho.

O ciclo de debates reuniu especialistas como a psiquiatra Ana Paula Carvalho, que também é paciente em tratamento de leucemia, a jornalista Alice Bastos, além do filósofo e historiador Leandro Karnal.

Alice Bastos

Jornalista e apresentadora

Leandro Karnal

Filósofo e historiador

Ana Paula Carvalho

Psiquiatra

Cada um trouxe suas experiências, vivências e suas visões sobre a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado, da busca por qualidade de vida e do combate a estigmas relacionados à doença.

Jornalista que se destacou como apresentadora do Globo Esporte na RBS, Alice foi mestre de cerimônia do evento, mas também contribuiu com seu próprio relato a respeito da jornada com a doença. Ela foi diagnosticada com câncer de mama em 2020, aos 35 anos. "Cada passinho é uma nova trajetória, uma nova conquista", pontua.

A descoberta foi relativamente surpreendente. A jornalista não era de grupos considerados de risco, nem tinha histórico familiar da doença. Mas acabou se tornando um dos ícones de campanhas como o Outubro Rosa, especialmente após a decisão de apresentar o Globo Esporte sem usar peruca.

No contato familiar, Alice já relatou que a relação com o filho, Martin, também foi parte fundamental do processo. A apresentadora relata até os "códigos" que criou para que o menino de 6 anos tivesse apoio e a apoiasse ao mesmo tempo, como o "beijo na careca" nas despedidas ou os carinhos antes de dormir, também na cabeça.

É sobre esse tipo de "jornada" que a porta-voz do pacto Cada Conquista Vence o Câncer, Thalita Guimarães - Diretora Comercial da Janssen Brasil -, falou em sua contribuição.

"É muito inspirador falar de tudo isso, porque a Janssen já tem uma missão de longo prazo de inovação, em desenvolvimento. A sobrevida de um paciente com câncer hoje é completamente diferente do que a gente tinha no passado", afirmou. "O futuro é fruto do hoje, e cada conquista do presente vai contribuir para que a gente tenha um futuro melhor".

A missão central, disse ela, é "ir além da inovação e contribuir ainda mais para essa jornada do paciente". A ideia é conectar pessoas e iniciativa, ampliando o acesso a ferramentas que melhorem esse caminho, como informação de qualidade e espaço para conversas que quebrem paradigmas acerca do câncer.

"Tudo isso veio com essa missão, de Cada Conquista Vence o Câncer, para construir um grande pacto em que todos os atores da sociedade possam se unir com o objetivo de proporcionar inovação, valor agregado para esses pacientes e, mais do que isso, reconhecer e celebrar tantas conquistas diárias de todos os envolvidos nessa cadeia".

O início da caminhada

O impacto que um diagnóstico de câncer tem para o paciente é complexo. Mas o medo permeia grande parte das primeiras sensações.

O temor não é apenas pela própria situação, como explicou a Dra. Ana Paula Carvalho. A angústia, no caso dela, passou primeiramente pela preocupação com o filho.

Para ela, as duas perguntas fundamentais no início eram: como meu filho vai ficar? Eu vou conseguir trabalhar durante o tratamento?

As pessoas em volta foram fundamentais para diminuir esse medo.

A família se mobilizou. Uma das primeiras coisas que tive que aprender foi que nem sempre tem momentos em que a gente só cuida, tem momentos em que a gente vai ser cuidado.

Ana Paula Carvalho, Psiquiatra

Há ainda um componente de "moralização" da doença que impacta o paciente, como avaliou o filósofo Leandro Karnal. "É um equívoco secular", disse ele. "Quando eu era criança, não se usava a palavra 'câncer'. Era 'a doença, aquela doença'. Aquilo que não pode ser dito representa o medo ancestral".

Para o filósofo, a dificuldade em lidar com a diferença entre tristeza e felicidade é parte do processo. "Se você está enfrentando um tratamento difícil, com riscos, com todo seu universo chacoalhado, e você continua sorridente, acho mais patológico que qualquer outra coisa. Tudo bem estar com medo".

A resposta está na ciência. Bons medicamentos, bons profissionais. Câncer é uma doença que envolve uma equipe multidisciplinar. Que bom que existem essas equipes e excelentes seres humanos que fazem esse tratamento

"Não uma esperança que seja paralisante, mas uma esperança que aposte na vida e na ação concreta", conclui Karnal.

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Do diagnóstico ao tratamento

"Mais chance de cura, mais chance de cronificação quando a cura não é possível, mais chance de escolha da estratégia certa para cada paciente". Essas foram as perspectivas trazidas pelo dr. Fernando Maluf, diretor de Oncologia e Hematologia do Hospital BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo.

"A cura vem de uma evolução muito importante das estratégias combinadas, das técnicas cirúrgicas, de radioterapia, da introdução das técnicas minimamente invasivas, de novos remédios que vão bloqueando o tumor por caminhos que sempre existiram mas nunca foram explorados".

Maluf também mencionou o que chama de "particularização" dos tratamentos, ou seja, uma compreensão melhor das necessidades específicas e tratamentos específicos para cada paciente.

"Nesse horizonte que vem chegando, a gente vai conseguir aumentar o número de pessoas que sobrevivem ao câncer".

Os avanços na jornada do paciente também têm o apoio de iniciativas como o instituto Beaba, representado no TEDx pela psicóloga especializada em psico-oncologia Debora Genezini.

Ela relatou como o instituto, fundado por Simone Mozilli, foi criado com a ideia de "descomplicar" o câncer, especialmente para pacientes mais jovens e suas famílias.

"O motivo de muito sofrimento era não saber. A previsibilidade que a gente precisa um pouco na vida é interrompida a partir de um diagnóstico. O Beaba surge para criar um material informativo para desmistificar o universo oncológico. As crianças participaram dessa construção, crianças que estavam internadas em um grande hospital de referência foram as grandes autoras".

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Após a perda, a iniciativa de ajudar

Em 2014, César Filho iniciou uma jornada para apoiar a mãe em seu tratamento. "Minha mãe foi uma heroína. Minha mãe sempre acreditou no poder do estudo. O sonho dela era me ver formado na universidade. De repente, aquela heroína é diagnosticada com um tumor. A gente tinha que viajar para ela receber o tratamento semanalmente", conta ele no evento.

A dor e as dificuldades, após a morte da mãe, o motivaram a explorar as alternativas que tinha para ajudar outros pacientes, suas famílias e comunidades.

Eu estava com uma dor muito grande. Tive uma dificuldade muito grande, como posso pegar toda essa dor e transformar em algo que possa ajudar outras mães, outros filhos?

César Filho, CEO e Co-fundador da WeCancer

César conta que começou a pensar em como "levar o hospital até o paciente" e integrar os cuidados e equipes de saúde.

Neste ponto, diz, surgiu a ideia de criar a WeCancer, uma plataforma de monitoramento remoto de pacientes oncológicos.

É um meio de integração de dados e cuidados que permite um acesso mais fácil às informações de toda a trajetória do paciente e seu histórico de tratamento.

"A maior parte do Brasil não tem esse acesso. Comecei a pesquisar, achei as evidências e a nossa missão é assim: dizem que dinheiro não compra tempo, mas tenho certeza de que com tecnologia e cuidado a gente pode dar 10, 20 ou 30 anos para as pessoas com quem elas amam", finaliza Filho.

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