Crônica, a dermatite atópica (D.A.) inflama a pele, levando ao surgimento de lesões avermelhadas que provocam coceira e dor. A doença afeta, geralmente, quem tem histórico pessoal/familiar de asma, rinite alérgica ou dermatite tópica - a chamada tríade atópica (2). Não é, portanto, contagiosa, mas sim de origem genética e ambiental. Seu diagnóstico é clínico, feito a partir das características das lesões, dos sintomas e da avaliação do histórico pessoal e familiar. As causas exatas do problema ainda são desconhecidas. Porém, sabe-se que a alteração da barreira de proteção da pele provoca a perda constante de água. O comprometimento da barreira, associado a fatores internos e externos, predispõem à inflamação local, com consequente surgimento de lesões, que se perpetuam com o ato de se coçar.
Embora a D.A. possa aparecer em qualquer faixa etária, 60% dos casos ocorrem no primeiro ano de vida (2) - em geral, a partir dos 4 meses de vida (3). A fase aguda da doença cursa com o surgimento de lesões avermelhadas, com pequenas bolhas que podem minar água. Há intensa coceira. A fase crônica é caracterizada por lesões espessadas, com escoriações e/ou crostas, na qual também pode haver coceira e até mesmo dor. Na maioria dos casos, as lesões agudas e crônicas coexistem.