A SP de Luedji Luna tem acarajé, restaurante africano e festa de hip hop
Baiana de Salvador, Luedji Luna escolheu São Paulo para ser seu segundo lar, mas não sem trazer na mala lembranças de sua cidade natal -- e de coração. As roupas, os acessórios, o sotaque, o batuque, as letras de suas canções, seu jeito de cantar e dançar revelam a Bahia e ajudam a endossar a mensagem presente em seu álbum de estreia, "Um Corpo no Mundo", lançado em outubro de 2017. A trajetória da cantora e as músicas compostas para seu primeiro disco olham para a negritude, a espiritualidade, a ancestralidade.
Em solo paulistano desde 2015, quando pousou em busca de novas oportunidades para sua carreira, a artista já tem seus lugares favoritos pela cidade e eles seguem essa mesma linha do resgate da identidade. São destinos que frequenta para não perder a conexão com suas raízes, e que já têm o charme local adicionado a cada um deles.
Aparelha Luzia
"Minha Bahia aqui em São Paulo é este centro cultural e musical, um quilombo urbano no centro da cidade, capitaneado por uma mulher negra, trans e nordestina chamada Érica Malunguinho", diz Luedji. Aliás, Malunguinho acaba de ser eleita a primeira deputada estadual transexual de São Paulo. Não à toa, o espaço sempre foi político, desde o nome. Aparelha vem dos aparelhos do contexto da ditadura militar, os esconderijos onde se refugiavam os integrantes de movimentos de esquerda. Luzia é a graça do primeiro ser humano a habitar o Brasil: uma mulher negra, o fóssil mais antigo encontrado na América, em Minas Gerais. Lá acontecem festas, exibições de filmes, apresentações de performances, dança e teatro, assim como debates sobre temas ligados aos direitos humanos. "É um espaço de sociabilidade preta, que eu frequento desde a fundação e tem a melhor programação do final da tarde até a madrugada."
Vai lá:
Rua Apa, 78, Campos Elíseos
Quinta a domingo, das 20h às 1h.
Sexta e sábado até as 3h.
Telefone: (11) 3467-0998
Tabuleiro do Acarajé
Para comer a típica comida baiana, Luedji tem destino certo: "O Tabuleiro do Acarajé tem o melhor acarajé da cidade (R$ 16)." As irmãs e sócias baianas Fátima e Miri de Castro aprenderam a fazer a iguaria pesquisando na internet. E deu certo! O restaurante é sucesso, e elas seguem na Santa Cecília com a proposta do tabuleiro de comer na rua. Cadeiras de praia e mesas se espalham pela calçada, o tecido de chita ajuda no colorido e a trilha sonora é made in Bahia, claro!
Vai lá:
Rua Dr. Cesário Mota Júnior, 611, Vila Buarque.
Segunda a quinta, das 18h às 21h.
Sábado, das 13h às 17h.
Telefone: (11) 95374-6357
Biyou’z
"É um dos meus restaurantes preferidos em São Paulo. Tem culinária africana e sempre peço o Malang (R$ 28), um prato servido com peixe, banana da terra e um molho de pimenta delicioso." O nome do lugar vem do sobrenome da chef e artista camaronesa Melanito Biyouha, que sentiu falta de um estabelecimento com comida da África e abriu o negócio para ensinar aos brasileiros essa parte da cultura de seu continente. Para montar os pratos, a ex-bancária se inspira em referências da Angola, Nigéria, Senegal, Gana e República dos Camarões, entre outros países. Ah, e Melanito cozinhou para a seleção camaronesa quando eles vieram para cá na Copa de 2014.
Vai lá:
Alameda Barão de Limeira, 19, Centro
Todos os dias, das 12h às 23h.
Telefone: (11) 3221-6806
Parque da Água Branca
"Meu parque preferido é o da Água Branca. Gosto de lá por causa dos animais e adoro ir para tomar sol", conta. É que por lá o espaço é democrático: os humanos convivem com as galinhas, os patos, gansos, entre outras aves e bichinhos. O parque tombado pelo Condephaat e pelo Conresp foi aberto em 1929 para ser um expositor de animais, então ele ainda guarda pavilhões (onde caberiam gado e cavalos) que hoje recebem feiras gastronômicas e de artesanato, por exemplo.
Vai lá:
Avenida Francisco Matarazzo, 455, Barra Funda
Abre todos os dias, das 6h às 20h.
Telefone: (11) 3803-4200
Discopédia
"Os DJs tocam somente com vinil e, muitas vezes, homenageiam grandes artistas do rap nacional, internacional ou da música preta brasileira." A ideia dessa festa de hip hop (e de outros estilos) é do vinil "contar histórias" da música, assim como um livro transmite conhecimento, e por isso o nome faz alusão à enciclopédia. Rola toda terça e é perfeita para quebrar a rotina com um happy hour animado.
Vai lá:
Rua Dom José de Barros, 337, República
Terça, das 19h às 23h.
R$ 10,00 – as 50 primeiras pessoas entram de graça.
Mais informações no Facebook.
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