Oito pequenos prazeres que só São Paulo pode oferecer
Quem é paulistano sabe: nossa relação com a metrópole quase sempre é parecida com aquela de irmão mais novo. Só a gente pode falar mal -- e ai de quem chega criticando.
Apesar da fumaça, da correria e do mau jeito, São Paulo é acolhedora para quem sabe circular pelo caos sem se abalar ou, pelo menos, sem se abalar demais. Amando a cidade ou não, somos obrigados a admitir: certos prazeres só são possíveis em solo paulistano.
Fazer todas as suas refeições em padarias
As padarias são talvez os elementos mais democráticos da cidade. Conhecidas também pela alcunha de padoca, você sempre vai acabar tropeçando em uma que se adeque a seu bolso ou fome, seja a gourmezona com pão sem glúten ou a roots com bolovo duvidoso na vitrine. Valorize esse privilégio único no mundo!
A emoção de pegar o vagão do último metrô vazio
Se você é do tipo que circula pela madrugada, já pode ter experimentado o misto de terror e alegria que é entrar em um vagão vazio na Linha Verde do metrô, por exemplo. O começo lembra um pouco aquele roteiro de pegadinha do Silvio Santos, mas quando o trem anda e tudo corre normalmente, é legal experimentar a diversão de ter um vagão inteiro para chamar de seu por breves minutos.
Virar o rei da versatilidade térmica
Paulistano que não é bobo sai de casa com três camadas de roupa para trabalhar. O clima subtropical úmido faz com que a gente seja sempre meio mutante e não se impressione realmente com nenhuma mudança na previsão do tempo. Uma manhã chuvosa sempre pode virar uma tarde árida ou uma noite abafada (ou vice-versa, em todos os itens). Chuva de granizo, em olho de paulistano, é refresco.
Observar o universo em uma casca de noz no vão do Masp
Já falamos disso aqui antes, mas não custa relembrar. O vão do Masp é um dos poucos lugares do mundo onde convivem ricos e pobres, esportistas e boêmios, evangélicos e punks, veganos e tiozões do churrasco no maior clima de pacifismo. Pensando bem, o vão do Masp é o Brasil que a gente quer.
Ser pego de surpresa na 25 de Março
Não dissemos qual surpresa. Andar pela 25, especialmente durante os finais de semana, é sempre um mergulho rumo ao desconhecido. Ali, os visitantes descobrem as maiores novidades tanto em termos de alta tecnologia quanto no quesito "bugigangas surpreendentemente inúteis que precisamos". Se o seu coração não acelera na 25, para bem ou para mal, é bom procurar ajuda profissional.
Provar pizzas melhores do que as italianas
Toda regra tem sua exceção e, assim como acontece em muitas partes da Itália (Roma é um belo exemplo), São Paulo tem toda uma gama de pizzas horríveis. Mas quando a cidade acerta numa pizzaria, ela acerta e não é pouco. Valorize a pizza paulistana, porque dificilmente você provará algo tão gostoso em outras partes do mundo.
Entender o conceito de abismo social passeando pela Oscar Freire
Toda cidade tem suas ilhas de prosperidade -- ou opulência exagerada, como preferir. O caso é que a Rua Oscar Freire reúne comércios tão ricos e um público tão endinheirado que o choque ao caminhar por regiões próximas (como o Largo da Batata, por exemplo) poderia deixar qualquer pessoa não-familiarizada com a realidade brasileira de queixo caído.
O cachorro-quente com purê de batata é importante, pôxa
Muito criticado (especialmente por cariocas), nosso hot-dog com purê em saída de balada deveria ser elevado a Patrimônio da Humanidade, isso sim. Se você é um detrator desta iguaria, pare e repense: em qual outra cidade você teria a oportunidade de comer um purê de batatas caseiro no meio da madrugada? Vamos respeitar as instituições paulistanas, por favor.
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