Roteiro certo para quem gosta de arquitetura, as galerias paulistanas do centro da cidade guardam lugares únicos e charmosos, entre comércios antigos e novidades. Remanescentes de um tempo em que os shopping centers não existiam, muitas são parte de edifícios erguidos na década de 1940, desenhadas com a ideia de funcionarem não só como complexos de compras, mas como espaços de convívio.
Conheça sete destes labirintos urbanos em um roteiro para fazer a pé, destacando lojas, cafés, livrarias e bares para visitar, sem pressa, em um passeio pela região central.
Galeria Zarvos
Revistaria na Galeria Zarvos
Imagem: Gabriel Cabral / FolhapressComece pela avenida São Luís, nessa galeria que fica quase na esquina com a rua da Consolação. Abriga um café que vende pão de queijo vegano e recebe jovens profissionais com seus laptops no térreo. No primeiro andar, o Café com Mandioquinhatem bolos deliciosos, como bem casado e o de banana, além de tortas salgadas fartas. Perto dele, a agência Olook oferece para leitura revistas importadas de diversas épocas para entrar num clima de viagem no tempo.
Vai lá: Rua da Consolação, 222 (há entrada pela av. São Luís também).
Galeria Metrópole
A Galeria Metrópole
Imagem: Gabriel Cabral / Folhapress Ainda na São Luís, uma galeria cinquentenária ganhou novos estabelecimentos nos últimos anos. No segundo andar da Metrópole, a PhDtem roupas com estampas de artistas, zines e gravuras. Pertinho dela, dois bares fazem sucesso: o Mandíbula, bom para drinques e para dançar na diminuta pista, e o novo Metropol. Ao lado, a biblioteca, livraria e espaço cultural Tapera Taperátem uma programação com bate-papos e exibições de filmes, tudo gratuito. Para comer, aposte no Feijão do Norte.
Vai lá: Avenida São Luís, 187.
Galeria 7 de Abril e Hemeroteca Mário de Andrade
Mural na passagem da hemeroteca
Imagem: Adriana Terra Atravessando a praça Dom José Gaspar, onde está a Metrópole, você chega à Galeria Sete de Abril. Velha conhecida dos fotógrafos, ela tem muitas lojas onde é possível comprar câmeras (novas ou vintage) e lentes. Tem ainda uma série de sapatarias e costureiras em seu subsolo, além de loja de relógios antigos e de acessórios de dança. Ao lado dela está a Hemeroteca Mário de Andrade, que também funciona como galeria, com sua passagem até a rua Sete de Abril envolta por murais que reproduzem capas de revistas antigas ilustradas, abrigando cafés e um ateliê de arte gráfica que vende publicações e gravuras.
Vai lá:Rua Sete de Abril, 125 e Rua Dr. Bráulio Gomes, 125.
Galeria Nova Barão
Galeria Nova Barão
Imagem: Wikicommons
Logo à frente da Sete de Abril, a galeria Nova Barão, a céu aberto e com banquinhos de praça, concentra lojas de discos de vinil, como a Disco7, mais voltada para música brasileira, a Locomotiva Discos e a Big Papa, que tem bastante rock, jazz e blues. Antes de se perder no garimpo musical, vale dar uma passadinha na Casa Tahine, uma pequena lanchonete árabe que fica no térreo, onde vende esfihas de massa fininha, coalhada seca e quibes. Há ali ainda lojas de tênis, de guarda-chuvas e mercadinho oriental.
Vai lá:Rua Sete de Abril, 154.
Galeria Itapetininga
Brinquedos da Galeria Itapetininga
Imagem: Aline Arruda / Leandro Moraes/ UOL É a chamada galeria dos brinquedos, onde é possível encontrar Lango Lango, robôs de lata, Genius e outras lembranças da infância em décadas passadas. O mais interessante dela não são os estandes, mas sim as vitrines que ficam trancadas com o número de celular dos donos colado no vidro, para que o cliente ligue e a pessoa -- que circula por perto -- venha até o local. É passagem entre a movimentada rua Sete de Abril, que virou boulevard, e a rua Barão de Itapetininga.
Vai lá:Rua Sete de Abril, 356.
Galeria do Rock
A Galeria do Rock
Imagem: Coletivo Amapoa / FolhapressSeguindo pela Barão de Itapetininga e atravessando pela rua Dom José de Barros, você chega nesse ponto turístico do centro da cidade. A Galeria do Rock reúne lojas de roupas, de material para grafite, estúdios de tatuagem, e, claro, ainda há lojas de discos, como a notória Baratos e Afins ou a Beatz. Dado o interesse pelo local, ele ganhou até um tour guiado para conhecer sua história, todo sábado às 14h pelo valor de R$ 10. Se estiver com fome, no primeiro andar há uma hamburgueria com uma seleção de cervejas. Nos andares mais altos, gráficas e estandes de serigrafia tomam o local. Subir para observar a vista sempre vale a pena.
Vai lá:Avenida São João, 439.
Galeria Presidente
Galeria vista do novo SESC 24 de Maio
Imagem: Juca Varella / Folhapress Situada bem ao lado da do Rock, o nome é Galeria Presidente, mas é popularmente conhecida por Galeria do Reggae. Voltada principalmente para a cultura negra, tem lojas de discos, de material para DJs (como a conhecida Flórida), salões de beleza afro, além de hoje seus andares mais altos abrigarem estabelecimentos de migrantes africanos, como mercadinhos.