Topo

Homem é preso suspeito de filmar partes íntimas de jogadoras de vôlei no RJ

Homem é suspeito de filmar partes íntimas de jogadores de vôlei durante a Liga das Nações Imagem: Reprodução/Band Rio

Colaboração para Universa, em São Paulo

22/05/2024 11h40Atualizada em 22/05/2024 11h40

Um homem foi preso suspeito de fotografar e filmar partes íntimas de jogadoras de vôlei durante a primeira semana da Liga das Nações feminina, realizada no Maracanãzinho, no Rio.

O que aconteceu

Suspeito usou uma câmera fotográfica semiprofissional equipada com lentes de aumento para registrar as partes íntimas das atletas. Segundo informações da Polícia Civil, o homem, que é natural do Recife e estava no Rio para acompanhar a competição, foi identificado após ser flagrado pela empresa de vigilância contratada pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) para monitorar o evento.

Relacionadas

Homem foi flagrado filmando as jogadoras. Conforme a investigação, o suspeito tentou disfarçar o ato criminoso e filmar as atletas de forma velada. Entretanto, os investigadores localizaram três aparelhos eletrônicos em posse do suspeito que continham o conteúdo feito por ele em diversas partidas da Liga das Nações feminina.

Suspeito também filmou atletas de Pernambuco. Ainda segundo polícia, além dos registros feitos no Maracanãzinho, também foram encontradas fotos e vídeos de atletas que atuam no vôlei de praia e participaram de disputas realizadas no Recife.

Polícia apreendeu a câmera utilizada pelo suspeito, um notebook, um celular e dois cartões de memória. Ele foi preso e deverá responder pelos crimes de importunação sexual e por registro não autorizado da intimidade sexual das atletas.

Como o suspeito não teve a identidade revelada, Universa não conseguiu localizar sua defesa para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação. A CBV não se manifestou sobre o ocorrido.

Como denunciar importunação sexual

No Brasil, todo ato sexual sem consentimento é crime. Toques sem permissão, passadas de mão, encoxadas, tentativas de beijo forçado e também casos em que há masturbação ou ejaculação diante da vítima são considerados importunação sexual.

A lei, em vigor desde setembro de 2018, define como crime qualquer ato libidinoso praticado contra alguém e sem a sua anuência. A pena é de 1 a 5 anos de reclusão.

A diferença com relação ao estupro é que, neste, há violência ou grave ameaça. E é considerado estupro de vulnerável — crime ainda mais grave — todo ato libidinoso com menores de 14 anos ou com quem, "por enfermidade ou deficiência mental, não tem o discernimento para a prática do ato, ou não pode oferecer resistência". No assédio sexual, é preciso haver relação hierárquica.

Caso a vítima tenha sofrido violência sem ferimentos graves, ela pode recorrer imediatamente a Delegacia da Mulher, se existir essa unidade em seu município, ou a delegacia de Polícia Civil, para registrar o boletim de ocorrência.

É indicado reunir testemunhas e apontar eventuais câmeras de segurança, se houver. Mas, como muitas vezes o crime não fica registrado e nem é visto por mais ninguém, a palavra da vítima é considerada suficiente para fazer o registro.

Disque 190

Deve ser acionado em caso de flagrante ou em que a situação de violência esteja ocorrendo naquele momento.

Disque 180

A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas. A ligação é gratuita, anônima e disponível em todo o país.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Homem é preso suspeito de filmar partes íntimas de jogadoras de vôlei no RJ - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Violência contra a mulher