Cursed: atriz celebra estrelar aventura após só ter referências masculinas
De Universa, em São Paulo
03/08/2020 10h16Atualizada em 03/08/2020 12h59
A atriz Katherine Langford, que atua na série "Cursed — A Lenda do Lago", disse em entrevista que a representatividade é "sempre importante" e comentou sobre a importância de diferentes pessoas conseguirem se enxergar em filmes e séries.
"Representatividade é sempre importante, mas não é sobre só se reconhecer na tela, é também sobre se ver em papéis diferentes no cinema e nas séries — e isso vale para mulheres, negros, LGBTQIA+, e todas as intersecções", disse à Glamour a atriz que interpreta Nimue na série 'Cursed'.
Também conhecida como a personagem Hannah na série "13 Reasons Why", Katherine comentou que se ver como protagonista em uma série de fantasia, que recria a história do rei Arthur, foi essencial para entender a importância de outras mulheres se enxergarem em papéis que não reforcem estereótipos femininos.
"Sendo protagonista de algo como 'Cursed', entendi a importância de jovens meninas se verem outras funções. As mulheres sempre foram heroínas, só nunca fomos reconhecidas por isso."
A atriz disse que sempre foi fã de fantasias desde criança, porém, percebeu que suas referências sempre eram de personagens homens e que há poucas informações sobre mulheres nestas histórias.
"Eu cresci com alguma familiaridade nessas histórias, mas o mais engraçado foi perceber que as minhas referências eram justamente em relação aos personagens homens, como o próprio [rei] Arthur. Quando o assunto eram as personagens femininas, vi o quão pouca informação temos registrado a respeito delas. Então, ter a oportunidade de fazer essa personagem foi uma chance incrível", disse a atriz.
Katherine também comentou que ainda há muitas "lacunas" de representatividade na indústria cinematográfica e ponderou a importância de discussões sobre essas questões serem realizadas.
"A indústria estava falhando em termos de representatividade — e ainda está. Existem lacunas muito grandes a serem preenchidas, principalmente quando se fala de raça, orientação sexual e origem. As discussões estão acontecendo e elas devem continuar existindo. Precisamos criar histórias que ressoem nas pessoas, todas elas."