Conheça única mulher a bordo do submarino argentino encontrado neste sábado
Da Universa
17/11/2018 17h10
Eliana María Krawczyk era a chefe de operações do Ara San Juan S-42, que desapareceu há um ano no Oceano Atlântico com 44 pessoas a bordo, e fez história ao se tornar a primeira submarinista sul-americana.
Veja também
- Um ano desaparecido: homenagem ao submarino que sumiu promete ser bem tensa
- Submarino implodiu 2 horas após último contato; Argentina diz não ter tecnologia para resgate
- Submarino argentino tinha 43 homens e 1 mulher: quem eram os tripulantes
O submarino foi achado a leste da Península Valdés, na Patagônia argentina, a 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia, onde havia sido montado o centro de operações durante a busca.
Nascida em Oberá, na província argentina de Misiones, Eliana cursava engenharia industrial, em 2002, quando leu a notícia de que a Marinha abriria suas portas para as mulheres. Nessa mesma época, perdeu um irmão num acidente e a mãe, que sofreu um infarto.
No ano seguinte, ingressava na Escola Naval Militar, cuja base fica em Mar del Plata. Após a formatura, em 2008, viajou a bordo de um submarino, durante oito meses, pelos oceanos Índico e Pacífico. Com a experiência, decidiu se especializar e entrou na Submarine and Diving School of the Navy (Escola de Submarinos e Mergulho). Em 2012 tornou-se a primeira mulher submarina na América do Sul. No início de 2017, foi promovida a tenente.
"Todo mundo me pergunta se os submarinos me assustam. Não. Para mim, são impressionantes, algo intrigante e excitante ", disse Eliana ao site "ElSnorkel", em 2013, para continuar. “É outra vida. Há a mesma camaradagem de um navio, mas há laços mais intensos na tripulação”.
Nas redes sociais, a irmã de Eliana, Silvina, a descreveu como uma mulher inteligente, madura e sensata. “Sua confiança e vontade são uma verdadeira inspiração para mim”, escreveu ela.