Mãe com filho morto se torna símbolo do debate por controle de armas no EUA
Da Universa
10/11/2018 12h33
A mãe de uma vítima morta em um ataque na Califórnia, nesta última quarta (7), se tornou um símbolo no debate sobre armas de fogo nos Estados Unidos. A vida da mãe Susan Schmidt-Orfanos foi marcada por duas tragédias envolvendo tiroteios em massa e seu filho, agora morto.
No ano passado, Telemachus Orfanos, 27, sobreviveu a um tiroteio em Las Vegas. Na ocasião, o atirador Stephen Paddock, 64, atirou e matou 58 pessoas que estavam em uma festa. Os disparos foram feitos da janela de um hotel com vista para o evento. Mais de 800 pessoas ficaram feridas.
Telemachus foi um dos sobreviventes do ataque, considerado o episódio com maior número de vítimas por arma de fogo no País. Desta vez, o rapaz ficou entre as 11 pessoas assassinadas por um atirador que entrou em um bar em Thousand Oaks, zona norte da cidade de Califórnia.
Veja também
- 'Não tenha arma de fogo em casa em hipótese nenhuma', diz especialista de ONG infantil
- Para Unicef, crianças devem ficar o mais longe possível de armas
- NY Times: como vencer uma discussão sobre arma de fogo
“Meu filho estava em Las Vegas com um monte de amigos e voltou para casa. Nesta última noite, ele não retornou”, disse Susan em entrevista à emissora ABC News. “Eu não quero orações. Não quero condolências. Eu quero controle de armas”, pediu.
O pedido e a história de vida da mãe foram reproduzidos por milhares de vezes nas redes sociais, como o Twitter. A fala aqueceu ainda mais o debate sobre controle de armas de fogo no país. Na última semana, um homem antissemita invadiu e abriu fogo em uma sinagoga, deixando 11 mortos.
O suspeito pelo ataque é um fuzileiro naval chamado Ian David, de 28 anos. Segundo a polícia, a suspeita é que ele tenha estresse pós-traumática. A síndrome é comum entre ex-membros das Forças Armadas dos Estados Unidos.