Cientistas da Nova Zelândia constroem primeiro útero virtual do mundo
Da Universa
08/11/2018 19h06
Na Nova Zelândia, Alys Clark, do Instituto de Bioengenharia de Auckland, e Jo James, da Escola de Medicina da Universidade de Auckland, estão construindo o primeiro útero virtual do mundo.
As duas pesquisadoras receberam uma bolsa do governo de R$ 2,5 milhões para criar o projeto que tem com finalidade trazer um estudo mais aprofundado do fluxo sanguíneo dentro do órgão e sua interação com a placenta durante a gestação.
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“A gravidez é um período mágico em que ocorrem muitas mudanças, mas, ao mesmo tempo, é difícil observá-las clinicamente. Se uma mulher não está gravida e se sente mal é possível fazer diversos exames para diagnosticar o problema, como uma tomografia computadorizada, mas não se pode realizá-los em quem está esperando um bebê”, disse Alys em comunicado.
Outro intuito do estudo é detectar e entender o porquê de alguns fetos não crescerem dentro do útero em algumas condições.
“Nós ainda não compreendemos os mecanismos que controlam o desenvolvimento de uma placenta saudável, então a maioria das gravidezes afetadas por restrição de crescimento fetal não é diagnosticada até o parto. Queremos identificar isso desde a primeira ou segunda vez que a mulher faz um ultrassom, para que possamos gerenciar melhor o problema", conclui a pesquisadora.