Cadeirinha de crianças grandes tem que ser virada para trás no carro?
Cíntia Marcucci
Colaboração para Universa
12/09/2018 04h00
Uma nova recomendação da Academia Americana de Pediatria (entidade norte-americana equivalente a Sociedade Brasileira de Pediatria) diz que a melhor posição para crianças no carro é com a cadeirinha virada para trás, enquanto isso for possível. Ou seja, até a criança atingir o peso e altura máximos indicados no manual do produto pelo fabricante. A diretriz anterior dizia que 2 anos era a idade adequada para colocar os bebês sentados com o corpo e o rosto virados para o painel do carro.
“O corpo da criança fica mais protegido dessa forma e nós já tínhamos essa recomendação por aqui também”, explica Gabriela Guida de Freitas, gerente executiva da Criança Segura Brasil, ONG que tem como missão a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes menores de 14 anos. Uma das vantagens da posição reversa da cadeirinha é o maior suporte para cabeça e pescoço, que minimiza movimentos bruscos e impactos em caso de acidentes.
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Aqui no Brasil o código de trânsito, na Resolução 277 de 28 de maio de 2008, determina que pelo menos até 12 meses completos o bebê só pode viajar virado para trás, o que não significa que seja proibido transportar crianças mais velhas nesta posição. A lei serve mais como orientação de fiscalização para os agentes de trânsito, que não têm como checar peso, altura da criança e adequação com o modelo da cadeirinha com agilidade.
“O limite de idade vai depender de caso a caso: alguns modelos de cadeirinha suportam mais peso, portanto aguentam crianças mais velhas. O peso e a altura de cada criança também influem em até quando ela vai estar confortável nesta posição. A decisão é dos pais, por isso a recomendação nossa e a nova da Academia Americana de Pediatria é ‘até quando for possível’”, completa Gabriela.