Aplicativos de sexo e desinformação aumentam vulnerabilidade ao HIV
Da Universa
20/07/2018 21h03
Um estudo conduzido pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da USP, mostrou que os homens que usam aplicativo de paquera, como o Tinder ou o Grindr, e procuram sexo casual sem proteção a partir deles estão mais vulneráveis a se expor ao HIV.
Os resultados, obtidos a partir da revisão de trabalhos sobre a AIDS e entrevistas com usuários do aplicativo Hornet, mostraram que o sexo com parceiros encontrados por meio de aplicativos é ocasional, imediato, muitas vezes desprotegido e associado ao uso de drogas.
Veja também
- Personagens negros e asiáticos protagonizam apenas 1% dos livros infantis
- Vereador muda nome de creche Arco-Íris por "promover o homossexualismo"
- Nego do Borel levanta discussão sobre "pink money" e "pinkwashing"; entenda
Entretanto, o que mais chamou mais a atenção foi a falta de informações sobre o status de HIV desses parceiros, mesmo que o aplicativo fornecesse informações sobre a necessidade do uso de preservativos.
Além disso, o estudo alertou sobre as vulnerabilidades existentes para os usuários desses aplicativos, sendo elas em sua maioria de caráter social: a homofobia e a falta de preparo do serviço de saúde para atender pessoas lésbicas, gays, bissexuais e travestis (LGBT).
“Desta maneira a população LGBT tenta se adaptar às prevenções destinadas aos heterossexuais. A homofobia ainda impede muito o acesso da população LGBT a formas de prevenção, serviços de saúde e ao conhecimento. A sexualidade da população LGBT tem que ser escondida, presa a um aplicativo”, diz Artur Acelino Francisco Luz Nunes Queiroz, responsável pelo estudo.