Academia do Oscar preza por diversidade ao recrutar 928 novos membros
Da Universa
26/06/2018 11h17
Do Grammy ao Globo de Ouro, as premiações deste ano foram marcadas por fortes protestos contra a disparidade salarial entre atores e atrizes e, principalmente, contra a baixa representatividade de mulheres, negros e LGBTs nos filmes indicados.
Nesta segunda-feira (25), a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, colocou a diversidade em primeiro lugar ao anunciar os convites para novos membros deste ano.
Veja também:
- 14 números provam que o Oscar está longe da igualdade de gêneros
- Após protestos, BAFTA estabelece critérios de diversidade para indicações
- Atores e roteiristas "vazam" salários para combater desigualdade de gênero
Foram 928 personalidades convidadas – um novo recorde, com 154 convites a mais que no ano passado. Nessa imensa lista estão negros e latinos como Tiffany Haddish, Ricardo Darín, Gina Rodriguez, Kendrick Lamar, Mindy Kaling, Rashida Jones e Danai Gurira.
Neste ano, os negros representam 38% dos convidados, enquanto as mulheres são 49% – índice que dobrou desde 2015, quando elas eram apenas 25% dos novos membros.
Personalidades LGBT, como o ator Timothee Chalamet, do filme "Me Chame Pelo Seu Nome", também foram contempladas.
América Latina
A lista contempla 58 países diferentes, especialmente da América Latina. Um avanço, já que apenas três personalidades latinas ganharam um Oscar em 90 anos de premiação (Rita Moreno, Cyrano de Bergerac e Benício del Toro) e as últimas indicações foram em 2011.
Entre os 8 brasileiros convidados estão Alice Braga, Carlinhos Bown e a diretora Petra Costa. Se aceitarem a indicação, terão direito a votar em categorias referentes a suas áreas de atuação nas próximas edições da premiação.
Se todos os convidados de fato integrarem a Academia, o grupo terá 9226 profissionais, entre atores, diretores, documentaristas, músicos, produtores, maquiadores e figurinistas.